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Histórias ao Vento
Sei que podia
Contar a minha história
Em duas,
Ou três,
Meras palavras de culpa
Deixando-te ao sabor da desilusão
De saberes quem sou.
Podia
Desenrolar-me em apertos
De quem vive com a tristeza
Presa aos ombros,
Na sádica negação
Do que é,
Do que vê
E do que sente.
Podia
Escrever-te páginas
E mais páginas
À luz de uma qualquer vela
Que me consumisse o ar
Para que mais tarde
O Mundo aplaudisse
A estupidez dos tolos
Que se perdem na estrada
Rectilínea do amor.
Até podia,
Mas não posso comigo mesmo,
Francisca,
Negar o que me é tão claro,
Tão arrojadamente febril,
Tão incessantemente líquido
Como o sangue que pulsa
No meu coração.
Sim,
Eu até podia ser um qualquer
Mártir,
Que se esconde na caverna do heroísmo
Só para deixar a minha cobardia
Te olhar nos olhos de novo
E deixar-te fugir por entre os dedos.
Podia.
E na verdade,
Tenho medo que o faça.
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Comentários
Re: Histórias ao Vento
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)
Re: Histórias ao Vento
Gostei mas,
"...A estupidez dos tolos
Que se perdem na estrada
Rectilínea do amor."
Não é estupidez seguir a estrada do amor, por mais incerto que seja o destino, penso.
Abraço
Re: Histórias ao Vento
Segui-la certamente que não, mas a meu ver perder-se nela sim. Uma estupidez generalizada a todos nós que num momento ou noutro ficamos cegos pela neblina do amor. Estupidez, por assim dizer, inerente ao ser humano.
Ainda assim, ingenuidade talvez fosse um melhor termo.
Obrigado pela crítica construtiva :-D
Abraço
Re: Histórias ao Vento
"Muitas vezes encontramos o nosso destino por caminhos que enveredamos para o evitar."
(Jean de La Fontaine)
...podes mas não o faças...agarra o teu destino...só costuma bater uma vez à porta. Abraços...muito bem escrito.