CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Querendo...
Querendo a aguarela respirar-me na tempestade celeste
saciavam-se as pétalas de fogo e areia fina em chuvisco,
e vertendo insalubres e penetrantes rasgos de memória
aqueles olhos onde a raiva esculpia sombras de madeira
jamais planeadas na rota mais fria do meu rosto,
foram-se compondo como uma pauta de música.
.
O gesto oco da voz que incidia na omoplata florida
submergia num sorriso irónico que o vento teimava em sacudir...
perante o som de pregos de aço martelados entre os dedos,
como se eu esperasse a redenção das folhas onde escrevi
palavras que nunca lembro nos momentos em que te sonho.
.
Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela.
.
Não se ouvia mais nada para lá das muralhas em ruínas tristes
onde silenciosamente teimavam em pousar as gaivotas viajantes.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1275 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Strange II - O combate e a dúvida final | 1 | 1.122 | 01/06/2011 - 18:26 | Português | |
Culinária/Sopas | Sopa de peixe | 0 | 2.874 | 01/06/2011 - 16:32 | Português | |
Culinária/Sopas | Sopa de espinafres | 0 | 3.342 | 01/06/2011 - 16:23 | Português | |
Culinária/Entradas | Pastéis de bacalhau à portuguesa | 0 | 2.553 | 01/06/2011 - 16:21 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo de Laranja | 0 | 2.778 | 01/06/2011 - 16:12 | Português | |
Poesia/Tristeza | O corpo saqueado | 3 | 1.977 | 01/06/2011 - 13:33 | Português | |
Poesia/Desilusão | Sem - Parte II | 0 | 1.276 | 01/06/2011 - 13:18 | Português | |
Poesia/Desilusão | Sem - Parte I | 0 | 860 | 01/06/2011 - 13:17 | Português | |
Poesia/Geral | Ses | 2 | 1.579 | 01/06/2011 - 00:45 | Português | |
Poesia/Tristeza | Log off Turn off | 2 | 1.200 | 01/05/2011 - 22:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O viajante | 1 | 1.296 | 01/05/2011 - 22:39 | Português | |
Poesia/Amor | Para quando? | 1 | 889 | 01/05/2011 - 22:28 | Português | |
Poesia/Geral | Não vejo | 2 | 919 | 01/05/2011 - 19:51 | Português | |
Culinária/Carne | Lasanha à bolonhesa | 0 | 3.554 | 01/05/2011 - 14:53 | Português | |
Culinária/Peixes | Polvo à lagareiro | 0 | 2.167 | 01/05/2011 - 13:51 | Português | |
Culinária/Sobremesas | Cheesecake de morangos | 0 | 2.573 | 01/05/2011 - 13:47 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo de Ananás | 0 | 1.554 | 01/05/2011 - 13:45 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Desligo a televisão | 1 | 1.229 | 01/05/2011 - 05:11 | Português | |
Poesia/Tristeza | As cidades respiram | 2 | 2.111 | 01/05/2011 - 05:04 | Português | |
Poesia/Tristeza | Elas teimam em ficar | 0 | 1.170 | 01/04/2011 - 20:57 | Português | |
Poesia/Tristeza | O último suspiro | 1 | 700 | 01/03/2011 - 20:55 | Português | |
Culinária/Sobremesas | Doce de bolacha maria | 0 | 4.549 | 01/03/2011 - 20:12 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Em que caminho te encontrarei? | 0 | 1.029 | 01/03/2011 - 16:18 | Português | |
Culinária/Bolos | Tarte de maçã | 0 | 1.272 | 01/03/2011 - 16:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | Fim sem fim | 1 | 972 | 01/03/2011 - 15:48 | Português |
Comentários
Re: Querendo...
Querendo pintar, esculpir, ou mesmo construir em mais variada forma estrutural do sentimento, nada poderia correr tão bem como na poesia!
Em que:
"Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela."
E o poeta sabe de cor como colorir um poema!
Beijo
Carla
Re: Querendo...
Olá caro amigo poeta
Deslumbrante este teu poema
Falar, medir pintar, pincelar
até o infinito tem vezes em que
de verdade a saudade é tanta que
as vezes temos a impressão que
não cabe dentro de nós....
Parabéns por tão linda inspiração
você é sensível e escreve na medida
Beijinhos no coração
Re: Querendo...
Parabéns meu caro amigo gostei deste poema.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço melo
Re: Querendo...
rainbowsky!
MEUS PARABÉNS, PELO LINDO POEMA, GOSTEI MITO!
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço,
Marne