CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Querendo...
Querendo a aguarela respirar-me na tempestade celeste
saciavam-se as pétalas de fogo e areia fina em chuvisco,
e vertendo insalubres e penetrantes rasgos de memória
aqueles olhos onde a raiva esculpia sombras de madeira
jamais planeadas na rota mais fria do meu rosto,
foram-se compondo como uma pauta de música.
.
O gesto oco da voz que incidia na omoplata florida
submergia num sorriso irónico que o vento teimava em sacudir...
perante o som de pregos de aço martelados entre os dedos,
como se eu esperasse a redenção das folhas onde escrevi
palavras que nunca lembro nos momentos em que te sonho.
.
Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela.
.
Não se ouvia mais nada para lá das muralhas em ruínas tristes
onde silenciosamente teimavam em pousar as gaivotas viajantes.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1299 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Sinfonia em sete tons | 0 | 1.564 | 02/06/2011 - 20:00 | Português | |
Poesia/Tristeza | Aceitação com mágoa | 0 | 1.712 | 02/02/2011 - 19:58 | Português | |
Poesia/Tristeza | Tu, lanças-me | 1 | 1.671 | 02/01/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Tristeza | Alma sóbria | 1 | 1.048 | 02/01/2011 - 00:15 | Português | |
Poesia/Geral | Amor sem rumo... | 1 | 1.099 | 01/27/2011 - 22:09 | Português | |
Poesia/Meditação | Dúvida infernal | 1 | 1.591 | 01/25/2011 - 22:34 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XV - A morte que não foi | 0 | 1.377 | 01/13/2011 - 18:57 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XIV - As hienas e o meu instinto assassino | 0 | 1.256 | 01/13/2011 - 18:53 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XIII - Os mistérios do amor | 0 | 930 | 01/13/2011 - 18:37 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XII - Porque choravas? | 0 | 1.649 | 01/11/2011 - 19:30 | Português | |
Poesia/Geral | Strange XI - Errar de novo | 0 | 1.456 | 01/11/2011 - 19:18 | Português | |
Poesia/Geral | Strange X - O robô que existia em ti | 0 | 1.581 | 01/08/2011 - 14:20 | Português | |
Poesia/Geral | Strange IX - Pura e nítida | 0 | 1.916 | 01/08/2011 - 14:15 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VIII - Jogo de cartas e música | 0 | 1.956 | 01/08/2011 - 14:03 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VII - Naufrágios da alma e o fundo do mar | 0 | 959 | 01/07/2011 - 16:29 | Português | |
Culinária/Sobremesas | Pudim de laranja | 0 | 3.184 | 01/07/2011 - 16:25 | Português | |
Culinária/Bolos | Brisas do Lis | 0 | 3.708 | 01/07/2011 - 16:22 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo Xadrez | 0 | 3.941 | 01/07/2011 - 16:10 | Português | |
Culinária/Bolos | Bolo fofo de chocolate | 0 | 2.925 | 01/07/2011 - 16:07 | Português | |
Poesia/Geral | Strange VI - A cumplicidade e o medo do escuro | 0 | 1.133 | 01/07/2011 - 15:41 | Português | |
Poesia/Geral | Strange V - A vida é tão curta | 0 | 1.662 | 01/07/2011 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Strange IV - A partilha e os caramelos | 0 | 723 | 01/07/2011 - 15:34 | Português | |
Poesia/Geral | Strange III - O anjo sonâmbulo | 0 | 1.293 | 01/07/2011 - 15:29 | Português | |
|
Fotos/Natureza | Prece | 1 | 1.748 | 01/07/2011 - 00:56 | Português |
Poesia/Geral | Strange I - O peixe e a boca de vidro | 1 | 1.133 | 01/06/2011 - 18:56 | Português |
Comentários
Re: Querendo...
Querendo pintar, esculpir, ou mesmo construir em mais variada forma estrutural do sentimento, nada poderia correr tão bem como na poesia!
Em que:
"Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela."
E o poeta sabe de cor como colorir um poema!
Beijo
Carla
Re: Querendo...
Olá caro amigo poeta
Deslumbrante este teu poema
Falar, medir pintar, pincelar
até o infinito tem vezes em que
de verdade a saudade é tanta que
as vezes temos a impressão que
não cabe dentro de nós....
Parabéns por tão linda inspiração
você é sensível e escreve na medida
Beijinhos no coração
Re: Querendo...
Parabéns meu caro amigo gostei deste poema.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço melo
Re: Querendo...
rainbowsky!
MEUS PARABÉNS, PELO LINDO POEMA, GOSTEI MITO!
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço,
Marne