CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Querendo...
Querendo a aguarela respirar-me na tempestade celeste
saciavam-se as pétalas de fogo e areia fina em chuvisco,
e vertendo insalubres e penetrantes rasgos de memória
aqueles olhos onde a raiva esculpia sombras de madeira
jamais planeadas na rota mais fria do meu rosto,
foram-se compondo como uma pauta de música.
.
O gesto oco da voz que incidia na omoplata florida
submergia num sorriso irónico que o vento teimava em sacudir...
perante o som de pregos de aço martelados entre os dedos,
como se eu esperasse a redenção das folhas onde escrevi
palavras que nunca lembro nos momentos em que te sonho.
.
Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela.
.
Não se ouvia mais nada para lá das muralhas em ruínas tristes
onde silenciosamente teimavam em pousar as gaivotas viajantes.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
rainbowsky
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1274 leituras
Add comment
other contents of rainbowsky
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | Fantasia III - O meu próximo sentir | 2 | 1.180 | 08/02/2010 - 17:41 | Português | |
Poesia/Desilusão | O brilho dos teus olhos celestes | 2 | 1.412 | 08/02/2010 - 01:31 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia II - Respiro a vida | 3 | 1.413 | 07/29/2010 - 17:39 | Português | |
Poesia/Desilusão | Fantasia - O que me resta | 3 | 1.199 | 07/29/2010 - 00:49 | Português | |
Poesia/Desilusão | Copos Vazios | 1 | 929 | 07/23/2010 - 14:13 | Português | |
Poesia/Desilusão | O voo do anjo | 1 | 1.245 | 07/22/2010 - 21:44 | Português | |
Poesia/Tristeza | Sombras diversas | 5 | 706 | 07/22/2010 - 17:34 | Português | |
Poesia/Tristeza | Desafio Poético - Matas-me quando estamos juntos | 3 | 887 | 07/20/2010 - 19:18 | Português | |
Poesia/Tristeza | Na janela do meu peito... | 1 | 1.137 | 07/16/2010 - 11:26 | Português | |
Poesia/Tristeza | Palavras Invisíveis | 2 | 1.018 | 07/16/2010 - 09:47 | Português | |
Poesia/Desilusão | Detém-se, fecha as pupilas e vai embora... | 0 | 2.335 | 06/18/2010 - 19:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | O eco dos teus ecos | 4 | 920 | 06/18/2010 - 18:33 | Português | |
Poesia/Desilusão | De relance vejo a vida... | 3 | 1.059 | 06/18/2010 - 13:26 | Português | |
Poesia/Amor | A impressora | 2 | 1.402 | 06/18/2010 - 08:18 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte V | 2 | 1.034 | 06/15/2010 - 22:06 | Português | |
Poesia/Dedicado | A Ministra Librisscriptaest | 3 | 1.183 | 06/15/2010 - 21:59 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte IV | 1 | 1.955 | 06/12/2010 - 17:08 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte III | 2 | 1.760 | 06/11/2010 - 13:09 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte II | 2 | 1.709 | 06/10/2010 - 12:03 | Português | |
Poesia/Geral | O último suspiro | 3 | 1.194 | 06/08/2010 - 20:40 | Português | |
Poesia/Intervenção | Esperanças - Duas faces distintas - Parte I | 2 | 1.095 | 06/08/2010 - 10:42 | Português | |
Poesia/Desilusão | Este Sal | 1 | 1.426 | 05/31/2010 - 14:01 | Português | |
Poesia/Aforismo | Um instante de princípio e fim... | 2 | 898 | 05/28/2010 - 19:55 | Português | |
Poesia/Acrósticos | O banco leve das palavras esquecidas | 2 | 1.240 | 05/26/2010 - 16:29 | Português | |
Poesia/Intervenção | Sonho Terapia III | 1 | 1.291 | 05/26/2010 - 14:35 | Português |
Comentários
Re: Querendo...
Querendo pintar, esculpir, ou mesmo construir em mais variada forma estrutural do sentimento, nada poderia correr tão bem como na poesia!
Em que:
"Sei de cor que foram muitas as vezes que me deixaste amargurado
com as sílabas que foste proferindo em dias de intempéries
ou mesmo quando o sol escarlate tombava sem receio sobre o mar.
Eu sentia o chamamento da fina película de óleo nas ondas
que me incendiava os poros na esperança que surgisses na tela."
E o poeta sabe de cor como colorir um poema!
Beijo
Carla
Re: Querendo...
Olá caro amigo poeta
Deslumbrante este teu poema
Falar, medir pintar, pincelar
até o infinito tem vezes em que
de verdade a saudade é tanta que
as vezes temos a impressão que
não cabe dentro de nós....
Parabéns por tão linda inspiração
você é sensível e escreve na medida
Beijinhos no coração
Re: Querendo...
Parabéns meu caro amigo gostei deste poema.
Fui-me perdendo nas horas onde o quartzo nunca foi sugerido
para manter um rigor de horas minutos e segundos elegantes.
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço melo
Re: Querendo...
rainbowsky!
MEUS PARABÉNS, PELO LINDO POEMA, GOSTEI MITO!
Mesmo querendo emoldurar a saudade
nunca soube pintá-la com a sua verdadeira dimensão
para saberes que a dor que me atormenta é como régua sem medida.
Um abraço,
Marne