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TALVEZ
É sempre aquela sensação
De amor interrompido
Três quartos de lágrimas
Um quarto de ilusão
Meio sorriso
Uma vida inteira
Ainda sabes meu nome?
Podes alcançar a dimensão disso?
Condenada a te querer
Eu pago por teu coração
Com sangue e poesia vã
Sabes que sou tua
E tu és meu
Do jeito que eu sei
Da forma que vejo
Inteiro
Metade
Pedaço
Fragmento
Átomo
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quinta-feira, novembro 3, 2011 - 06:22
Poesia :
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Comentários
olá
Boa Tarde,
Li o seu texto e não podia passar sem lhe dizer que gostei bastante.
Obrigada por compartilhar a sua arte.
Iris Santos
TEMPO
Talvez eu aguarde mais algumas horas.
Sinto que sou essa areia colorida que brinca nesta ampulheta velha.
E tento ser o tempo.
E sou...
Sou angústia de espera.
Estou sentada no meio fio, no mormaço,
esperando por uma brisa que chega de meia em meia-hora.
Nuvens...
Muitas delas!
O tempo fecha de repente.
E caem ponteiros que inundam o asfalto.
Observo apenas.
Levanto-me encharcada pela chuva.
Da angústia.
Da espera.
Da areia.
Do mormaço.
Dos ponteiros.
Das nuvens.
Do asfalto.
Do meio-fio.
Da ampulheta.
Da brisa.
Do tempo,
Do tempo,
Do tempo...