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Tristeza

Tristeza, terás de me perdoar se a noite cai
e as tuas naus negras e silenciosas
têm de partir, foste excesso de luz!
não desconfiaste de mim por ser solitário
agora procuras-me, refugiado onde sopre um vento forte,
rijo,
numa montanha onde repouse com o tempo que destrói.
Sobrevoas-me de asas partidas, por te recusar a gratidão!
do teu pavor hei-de me cansar, e ser vislumbro.

Do amor longínquo que encontrei estava eu já perdido:
recolho os pedaços que já pertenceram ao todo
relembram-me que amava em ti o teu olhar
fausto e salubre, e por contemplar nele a eternidade,
era da minha roupa que tinha vergonha se permanecia à tua frente.
Por agora permaneço sem temor
perante o enigmático e o seu temível
e ao Outono que chegou cedo demais (anunciando-se rigoroso),
lutarei por me livrar do ruído de todos
os pensamentos felizes que habitavam o nosso quarto
e regressar à calma da natureza rastejante.
 

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terça-feira, março 22, 2011 - 21:23
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Nuno Paixao

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