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Vigília
Vigília,
deixá-los ir a pisar o risco,
adiante, só o perigo suposto
e reposto…
sigam, passadeira vermelha.
Apenas por mera hora
e um rasto de roupa despida
aos frangalhos, pelos dias à vida.
O inferno por ti imposto.
Sentem porque querem,
a ilusão dos transgressores, a ganhar asas de fogo.
À revelia,
incautos nada sabem de ti
deixando-se levar na emoção.
Avançam de olhos fechados
empurrados pela tentação
e vão, ao encontro das espadas
em riste, que os aguardam.
Mas, não temem a travessia
aos portões que guardas
como sentinela e os assistes
no alto da torre, em vigia.
Revertes o passado em sombras a cobrir o presente,
com uma venda de escuridão.
A julgar,
sentá-los no banco dos réus
e condená-los.
Implacável, tua mão pesada
a pena imposta,
pois cegos são os teus desígnios
e sem defesa, a dor é reposta.
Choram depois ardor e apelam
mas, de nada lhes serve,
a hora passou e por ser tarde…
secar as lágrimas que vertem.
Culpados,
perdidos na inocência
em prantos por clemência.
Despojados de seus bens,
nus por dentro, a sentir o frio,
ao gume da espada afiada
que os ceifa na dormência
em que se deleitaram
os sentidos.
A soterra-los então nas pedras dos sonhos.
Pagam agora, sem perdão,
por mil anos de trabalhos, forçados, em solidão.
Nuno Marques
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Poesia :
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Comentários
Re: Vigília
Vigília, no sentido espiritual da palavra, é aquilo que sempre devemos estar, em face do nosso comportamento, na lógica dos seres evolutivos que somos.
Destaco:
Cada qual colhe o que planta, irremediavelmente.
Gostei muito Nuno, muito!
Beijos,
Clarisse
Re: Vigília
A evocação do sentido da razão em contramão, distraindo o transito...perdido na inocencia.
Visualmente forte e cativante quanto á essencia.
Gostei dos intervalos ludicos em espasmos, em itálico, como um grito num monólogo.
Muito bom