Doce inocência

Sonhos que distorcem realidades confundidas.
Incertezas que padecem em átrios escuros.
Caminhos intersectados por ocorrências individuais.
Mapas obscuros e ondas macilentas
de tontos esfomeados em pontes submersas.
Voracidades e gentilezas perdidas
em vontades encobertas de desejos escandalosos.
E as microscópicas desculpas de vida
passeiam seus devaneios
em tons solenes de cariz duvidoso.
E os ofuscados vermes perdem-se em lamúrias
de cânticos descontentes,
descobertos em mim.
Uma sujidade que limpa o espírito
Uma dor que alegra a alma
Uma utopia subtil que seduz a preguiça
Lá, onde as tristezas se multiplicam,
Um único bem-estar corrompe o Ser,
Ser audaz e melancólico,
fruto de um prazer masoquista.
Não conheço o sentido das coisas
nem percebo o significado da existência
Não anseio um futuro que não me espera
Alimento ilusões de menina
para dizer que não quero crescer!