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In Vapore Sano
Talvez quatro da tarde.
O dia fingido de sol entre noivava os pólenes setembrinos com o vapore incenso do verão em agonia.
Um borboletário fermenta no ar um arranjo estival a voejar dentes-de-leão, formiga-feiticeira e poeira magra e fina. Havia um antigamente à beira do chafariz tatuado de musgo, um marco de correio, uma cabine telefónica, notas de 20 paus, brancos com mistura e uma taberna republicana cheia de velhos basálticos à espera do outro século, do bom, enfim. Um cortejo vestido de fado talvez quatro da tarde nublava o dia em onda média. Era um copo meio-cheio a razão suástica de insistir a roer torresmo e aguardente, talvez bem digo, ou mendigo, Rua da Palma, pão de anteontem, cruz de cristo e o Benformoso. Os marujos trazem nos olhos postais do outro mundo, as docas de londres o porto de Génova, rabelos, miragaia, porque então, talvez quatro da tarde, correm avenida abaixo de memória na mão, o bar dos livros, o Golo, o Record, Rua do Loreto, largo do calhariz, o bar 25, uma ginjnha, um cego, um meio cego dois trafulhas e um sovina, pasteis, batota, folha fininha, campo santana, cirurgia.
O dia fingido de sol entre noivava os pólenes setembrinos com o vapore incenso do verão em agonia.
Quatro da tarde, meio da vida.
Ao fim do rum, uma mota, ao longe passa.
Calou-se o mundo.
E acabou.
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