CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
In Vapore Sano
Talvez quatro da tarde.
O dia fingido de sol entre noivava os pólenes setembrinos com o vapore incenso do verão em agonia.
Um borboletário fermenta no ar um arranjo estival a voejar dentes-de-leão, formiga-feiticeira e poeira magra e fina. Havia um antigamente à beira do chafariz tatuado de musgo, um marco de correio, uma cabine telefónica, notas de 20 paus, brancos com mistura e uma taberna republicana cheia de velhos basálticos à espera do outro século, do bom, enfim. Um cortejo vestido de fado talvez quatro da tarde nublava o dia em onda média. Era um copo meio-cheio a razão suástica de insistir a roer torresmo e aguardente, talvez bem digo, ou mendigo, Rua da Palma, pão de anteontem, cruz de cristo e o Benformoso. Os marujos trazem nos olhos postais do outro mundo, as docas de londres o porto de Génova, rabelos, miragaia, porque então, talvez quatro da tarde, correm avenida abaixo de memória na mão, o bar dos livros, o Golo, o Record, Rua do Loreto, largo do calhariz, o bar 25, uma ginjnha, um cego, um meio cego dois trafulhas e um sovina, pasteis, batota, folha fininha, campo santana, cirurgia.
O dia fingido de sol entre noivava os pólenes setembrinos com o vapore incenso do verão em agonia.
Quatro da tarde, meio da vida.
Ao fim do rum, uma mota, ao longe passa.
Calou-se o mundo.
E acabou.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2800 leituras
Add comment
other contents of Lapis-Lazuli
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amizade | Carroça dos cães | 0 | 1.660 | 11/18/2010 - 16:34 | Português | |
Poesia/Amor | Um quarto de hora de rio | 0 | 747 | 11/18/2010 - 16:31 | Português | |
Poesia/Amor | Lucy in the sky with diamonds | 0 | 727 | 11/18/2010 - 16:28 | Português | |
Poesia/Dedicado | Exorcizamus | 0 | 1.217 | 11/18/2010 - 16:21 | Português | |
Poesia/Dedicado | Pai nosso dos violinos | 0 | 688 | 11/18/2010 - 16:17 | Português | |
Poesia/Pensamentos | "Recordações Da Casa Amarela" | 0 | 706 | 11/18/2010 - 16:09 | Português | |
Poesia/Aforismo | Laranjas de natal | 0 | 688 | 11/18/2010 - 16:08 | Português | |
Poesia/Paixão | Vénus no altar dos ímpios | 0 | 1.094 | 11/18/2010 - 16:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Speedball Brown Sugar | 0 | 633 | 11/18/2010 - 16:07 | Português | |
Poesia/Aforismo | Incongruência | 0 | 732 | 11/18/2010 - 16:07 | Português | |
Poesia/Aforismo | Eu vos saúdo Maria | 0 | 861 | 11/18/2010 - 15:46 | Português | |
Poesia/Dedicado | De que carne somos feitos | 0 | 1.095 | 11/18/2010 - 15:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | Cozido á portuguesa | 0 | 944 | 11/18/2010 - 15:45 | Português | |
Poesia/Dedicado | Belas...uma terra perdida em mim | 0 | 846 | 11/18/2010 - 15:45 | Português | |
Poesia/Meditação | O equilibrista | 0 | 816 | 11/18/2010 - 15:32 | Português | |
Poesia/Meditação | Vou dançar a Polka | 0 | 716 | 11/18/2010 - 15:32 | Português | |
Poesia/Amor | Já por detrás do bugio | 0 | 1.085 | 11/18/2010 - 15:30 | Português | |
Poesia/Intervenção | Fascismo | 0 | 1.314 | 11/18/2010 - 15:30 | Português | |
Poesia/Intervenção | A divina tourada | 0 | 1.204 | 11/18/2010 - 15:27 | Português | |
Poesia/Aforismo | Remissão | 0 | 578 | 11/18/2010 - 15:27 | Português | |
Poesia/Aforismo | Reencantamento | 1 | 878 | 09/23/2010 - 17:33 | Português | |
Poesia/Aforismo | Compasso a passo e arrasto | 3 | 644 | 09/21/2010 - 11:12 | Português | |
Poesia/Amor | Do peito | 10 | 707 | 09/17/2010 - 22:43 | Português | |
Poesia/Aforismo | Deslembrança | 2 | 331 | 09/16/2010 - 22:27 | Português | |
Poesia/Aforismo | A vida são dois dias | 1 | 1.100 | 09/16/2010 - 21:32 | Português |
Comentários
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo
Calou-se o mundo