Casulo

Olho por entre a vidraça,
Donde domo os corcéis da solidão,
Do meu casulo, que me embaraça
E me tem na mão.

Percorro caminhos abstractos
Derrapando na curva dos desejos,
Entre o silêncio dos farrapos
Dos sonhos que almejo.

Vejo a alvorada
De sinfonia rosa,
Espelhada na Água
Da mocidade tempestuosa.

Um querer desabrochar
Para o mundo,
O peito a pulsar,
Da esperança que o inundo.

A graça dos verdes anos
Esvair-se em fumo,
Carregada de enganos,
E amores sem rumo..
 

 

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Sunday, October 16, 2011 - 09:58

Ministério da Poesia :

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Nostalgia

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Comments

Odete Ferreira's picture

Sair do

Sair do "casulo" é um processo, com avanços e recuos...

De desorientação, de questionamento, de um olhar para dentro.

Mas sim, ouse-se sair do casulo.

Afinal o mundo é feito de quê???

De atitude, de ousadia.

Gostei!

Bjo

Nostalgia's picture

Gostei da sua interpretação,

Gostei da sua interpretação, ligeiramente diferente da minha.

Gosto também da  atitude positiva que transmite nos seus poemas e nos seus comentários.

Acho que,  preciso de limpar o meu casulo das "teias" negativas. O mundo está cheio delas e precisa é de sair do casulo bolorento e pô-lo a arejar.

Obrigada pela lufada de ar fresco.
 

Bjs

 

 

 

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