“Trapalhada que foi e será”

- Assim começou Aurora
Do grão ao vento semeado
Comendo por dentro e por fora
Do rebento enxovalhado.
- Fosse o que fosse, aquilo era
O que era sem perceber
Pois que foi quem o dissera
No leito, antes de morrer;
- E morreu sem a palavra
Que derramou arduamente;
Morreu nos dentes da cabra
Mordido por uma serpente…
- Já lá vai, sopa de cajado
Caldo de vergasta endiabrada
Que, comendo gritava ao gado
Um nome, na Póvoa da derrubada…
- Pelos jeitos foi pequenino
Das bocas emoldurado
Um novo tal, ao povinho
Num povinho atrapalhado.
 

***

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Monday, October 17, 2011 - 23:30

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antonioduarte

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