“Tanto por dizer”

Perdoai-nos Senhor, pois que, sabeis, onde encontraremos o lençol que rega o caminho; onde estendes a luz solenizando sementes de vida…
-Qual lágrima que o Homem não possa verter?
Qual querença me engoda, que talhe fascínios nas coisas por dizer?
- Oh vozes, que bateis nos ocos; que elevais a estupidez às coisas viciadas;
Já vejo alturas nos joelhos feridos, onde o altruísmo fecha as supliciadas…
De meus olhos, azuis vestem cinzas, mares soltos, obras condenadas…
Seria, que fossem, línguas impensadas;
Liberdades falsas, de falsas palavras;
Onde se regam gargantas húmidas;
Arrombo de vibrações;
Bocas que mexem entoações molhadas…
Sem que soubessem, por ali chegariam; por ali fariam longas caminhadas…
Porém que das chamas, muitas apagadas, marcassem caminhos pelas fronteiras chamadas; umas seriam, que rasgassem as violentas; outras, talvez, que recebessem as honradas. Que, assim fui, num pouco sem o saber; sem que as coisas fossem acompanhadas; quando outras soprassem cheiros de prazer e me ousassem, Senhor, que me estendes tanto por dizer.
 

***
 

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Sunday, January 8, 2012 - 03:26

Poesia :

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antonioduarte

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António

Belíssimo momento de meditação.

Bj

Nanda

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