O meu préstimo…
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Da Terra turba e eu nela aposte
E apenas nela, da margem noja,
Low-cost ou Prada céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela acresça, em cena
Agora:- A minha aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se me apregoaram
Devidamente à entrada em palco,
Mas ouso enfrentar-vos aos dois,
Passado e futuro, num só tempo,
Em via de ferro dupla e curva,
Sendo eminente, a catarse dum
Espírito meu, obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da ladra,
Sem pago de mestre nem mester,
Pago por medalha grega d’vintém
Ou magro ornato de oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 13459 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Curtos dedos | 10 | 3.369 | 03/22/2018 - 21:46 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Filo- Mena - mariposa | 10 | 3.294 | 03/22/2018 - 21:45 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Faro-Cantábrico em bicicleta ( 4 dias ) | 10 | 3.702 | 03/22/2018 - 21:43 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | E o sonho ter-me-à sonhado | 10 | 4.078 | 03/22/2018 - 21:41 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Irun/Finisterra | 10 | 2.161 | 03/22/2018 - 21:40 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O dia em que decidi que quero morrer | 10 | 4.930 | 03/22/2018 - 21:38 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Se pudesse… | 10 | 2.764 | 03/22/2018 - 21:34 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Com o fim de ser feliz. | 10 | 2.314 | 03/22/2018 - 21:31 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Poeta em falta. | 10 | 2.387 | 03/22/2018 - 21:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Nau d’fogo | 10 | 1.953 | 03/22/2018 - 21:27 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Omini Imperfectus | 10 | 4.611 | 03/22/2018 - 21:25 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ilhusão e optica ... | 10 | 1.468 | 03/22/2018 - 21:24 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Amadablam montanha perfeita | 10 | 2.287 | 03/22/2018 - 21:22 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Momentos Íntimos… | 10 | 5.551 | 03/22/2018 - 21:20 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ela ia e ele vinha | 10 | 3.640 | 03/22/2018 - 21:18 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Por’Scrito | 10 | 4.458 | 03/22/2018 - 21:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | D’aquilo com quem simpatizo | 11 | 2.475 | 03/22/2018 - 18:14 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | acto de fé | 10 | 21.042 | 03/22/2018 - 17:27 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Intervention | fragil Terra | 10 | 13.668 | 03/22/2018 - 17:24 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Pudesse estar eu no caixão comigo ao lado. | 10 | 1.630 | 03/22/2018 - 17:04 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | GR 11 (14 dias) | 10 | 4.555 | 03/22/2018 - 16:59 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Porque falo de mim… | 10 | 1.086 | 03/22/2018 - 16:57 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | John Muir in - Travels in Alaska | 10 | 3.028 | 03/22/2018 - 16:55 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Vivo numa casa sem vista certa | 10 | 1.536 | 03/22/2018 - 16:53 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Pouco m’importa | 10 | 3.603 | 03/22/2018 - 16:49 | Portuguese |
Comments
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,