Uma música fúnebre dispersa o nosso universo de amor

Uma música fúnebre dispersa o nosso universo de amor feito mó
Do que de nós o tempo levou pedaços de amor doces pegadas
Agora torturas vagas transtornadas avassaladas matas pisadas
Saudade … chama agora só coalho de pó sem piedade nem dó

E a procura agora sobe o pinhal na esperança dum encontro ciente
Almofadado com pedras de musgo, urzes giestas e o acolhimento
É dado sobre uma pedra nua e lavada tal como crespo cimento
E sou ateu agora e sempre neste meu, mundo meu in.consciente

…e o prado brilha numa luz sombria e parda com o som de gritos…vozes
Milhares assomam no horizonte entretecidos e benevolentes mitos prazeres
Sem prazeres numa penitencia rica e apagada confusão de montes atrozes

E quanto mais o tempo passa cada madrugada afirma solenemente só
Murmúrios conspirativos no campo de crenças, convicções ateístas
E uma música fúnebre dispersa o nosso universo de amor feito mó.

Maria Luzia fronteira

Funchal, 26 de Setembro de 2009

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Monday, September 28, 2009 - 17:24

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