Bebendo do Meu Veneno...
Rompeu a manhã
E eu pálido, triste, sereno
Mas morto de conforto
Provando o veneno.
A madrugada subiu ao céu,
Rastejou por entre a poeira
Da minha mente
Limpa e verdadeira.
O sol brilhou intenso,
Alegre e feliz
Contrastando com minha
Tristeza do amor imenso.
Cegaram os meus olhos,
Deixei de ver a claridade.
Acorrentado ao passado
Sem querer e sem vaidade
Nada espero do futuro
Com ou sem claridade.
Temo tudo, todos, e o amor!
Já não sinto o seu sabor.
Vagueio pelas ruas
Não sabendo onde poisar
Relembrando coisas tuas
Que me fazem só chorar.
Mais uma manhã rompeu
E eu sozinho no escuro
Nada tenho doque é meu
Nem sequer por mim procuro.
Estou pálido, triste e sereno
Bebendo do meu veneno...
André Albuquerque
Pseudónimo
(poema não publicado em livro)
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Poesia/Disillusion | Livro da Vida | 3 | 518 | 12/07/2009 - 00:28 | Portuguese |
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Comments
Re: Bebendo do Meu Veneno...
o desassossego do ser por amar, que se envenena com o seu próprio remédio
gostei
abraço
Re: Bebendo do Meu Veneno...
Jopeman,
Agradeço o teu comentário.
É importante para mim o facto de teres gostado!
Abraço
:-)
Re: Bebendo do Meu Veneno...
BELO TEXTO, GOSTEI!
Meus parabéns,
Marne