Crepúsculo
Ao adormecer a calçada atónita exausta
Adormece sobre marcas, pisadas leves
Pesadas, passadas largas, exuberantes
Extravagantes, discretos…portes
São dúvidas transeuntes, certezas
De rostos passantes convictos
Optimistas, pessimistas, galáxias
Formadas, por formar, expelidas
Ou ainda contidas emoções
…e passam pela calçada já gasta
Na madrasta vida a que fora condenada
A calçada sem rumo certo por vezes
Solta-se ao acaso ou de propósito
E vai parar a outro caminho sem destino
Algum...
Maria Luzia Fronteira
Funchal, 26 de Janeiro de 2010
Submited by
Tuesday, January 26, 2010 - 19:11
Poesia :
- Login to post comments
- 1849 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Manuelaabreu
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | Sou de ontem | 8 | 525 | 11/13/2009 - 13:02 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Olha…olha poesia como o mar fala de ti | 6 | 604 | 11/12/2009 - 20:53 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Querido Pai Natal | 5 | 705 | 11/11/2009 - 01:56 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Oh mãe…filho de peixe não sabe nadar não | 3 | 682 | 11/07/2009 - 22:43 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | …ahhhh, se eu abraçaria o passado…esse | 7 | 622 | 11/06/2009 - 15:33 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | …e elevo o meu pranto nesta oração | 10 | 585 | 11/05/2009 - 12:06 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Meus parentes sem rosto | 7 | 611 | 11/04/2009 - 14:50 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | …e a embarcação da fantasia arde no brio | 10 | 628 | 11/04/2009 - 11:28 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | A lua cheia empresta a luz etérea ao mar sentimental | 7 | 620 | 11/01/2009 - 22:05 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | …e que seria, que seria da antologia | 6 | 568 | 11/01/2009 - 01:01 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Um brinde | 7 | 625 | 10/27/2009 - 22:27 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | A vida é uma bênção e pode ser uma aventura de amor | 5 | 453 | 10/27/2009 - 22:14 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Alvará | 6 | 855 | 10/27/2009 - 12:24 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Traços de história | 3 | 507 | 10/24/2009 - 20:16 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Guerra-fria | 6 | 882 | 10/23/2009 - 22:04 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Respeitar o mar alheio | 4 | 546 | 10/23/2009 - 22:01 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O talvez será talvez a sabedoria da tomada de decisão? | 3 | 530 | 10/23/2009 - 21:52 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | A cidade à noitinha arroja a sua forja | 6 | 607 | 10/22/2009 - 13:45 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | Vento místico | 7 | 476 | 10/21/2009 - 11:07 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Ambiguidade | 6 | 824 | 10/20/2009 - 00:50 | Portuguese | |
Prosas/Contos | A minha primeira professora | 2 | 718 | 10/19/2009 - 11:06 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | A cabeça de alho chocho | 2 | 1.000 | 10/19/2009 - 11:03 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | …e meus feitos são despeitos…raivosas tempestades | 2 | 900 | 10/18/2009 - 15:16 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O relatório de cada jornada | 3 | 554 | 10/18/2009 - 14:36 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | Conluio | 2 | 757 | 10/18/2009 - 03:51 | Portuguese |
Comments
Re: Crepúsculo
Amiga!
Muito bom!
li,voltei a ler, e parei para saborear!....
Abraço-luz
da fã!...
mm
Re: Crepúsculo
Dando passos pela calçada, indo algures ou a nenhures, nunca chegando ao dia sonhado.
gostei imenso
bjos
Re: Crepúsculo
Luzia,
A calçada conhece bem demais o dia-a-dia de quem lá passa.
Lindo!
Beijo
Nanda
Re: Crepúsculo
Há marcas que se gastam com o tempo, mas os novos caminhos, serão para as calçadas, como os passos para o chão
Gostei de ler
beijos
Matilde D'Ônix
Re: Crepúsculo
Manuelaabreu:
Passos e repassos, tacões perdidos, horários preenchidos.
Os que caminham, os que se arrastam, os que correm.
Forte e marcante, a calçada de uma vida, sem fim, sem destino, apenas para correrem, caminharem e se arrastarem.
E amanhã virão mais, e cada vez mais, e a calçada, tambem se danificará, ao sabos dos passos em passadas perdidas.
Ressalvo;
Na madrasta vida a que fora condenada
A calçada sem rumo certo por vezes
Um grande abraço.
Re: Crepúsculo
Manuela,belo poema, a descrição da vida através da calçada é certamente uma bela metáfora. Sentimentos escondidos... PArabéns. Abrasssss
Re: Crepúsculo
(...) duplicação por erro informático.
Re: Crepúsculo
Manuelaabreu.
Muito interessante esta imagem da calçada que se gasta e desgasta com as incertezas alheias sem chegar a saber a que conclusão se chega depois de tantas dúvidas. Gostei muito. Parabéns.
Re: Crepúsculo
Olá, Manuela,
Que linda forma de recortar a realidade! Sempre uma maneira muito original de trazer um olhar...
Parabéns! Adorei!
Um beijo. :-)
Re: Crepúsculo
UM BELO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne