Testamento.

Quando a noite não se deitar
E o dia não mais clariar
O vasto vale não haverá lugar
Para apoiar a flor do canto
Dos olhos, onde chora o mar

As crianças que hoje podem dormir
Amanhã no seu fim, os seus sonhos
Que o rosto desmonstrou ao sorrir
Dormiram eternamente nas nuvens negras

O verso que hoje é a verdade
Lembrariam os poetas... o olhar do amor
Junto as lavas de um vulção
Que as mãos derreteram ao tocar
No calor de uma mentira.....

Belos campos de flores brancas
Onde a grandeza é indescritivél
De envergadura á todas magoas
Descamparam as raízes de branduras
Que foi pura como a lua cheia da recordação
E se tornaram a dor e vergonha do homem

O imenso globo azul que a alma.. guardava
Devastará a pele da terra sobre as sombras
De teu manto que antes eram calmos

Perante o silêncio das desonras
De dentro pra fora o tumor quente
Cuspirá as verdades e mentiras
Com a fúria que antes era
Encontrada em nós

Assim o mundo se findará
Como as areias infindas
Num piscar de olhos
Em comparação
A de uma vida humana....

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Thursday, June 10, 2010 - 21:45

Poesia :

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fugazmisantropo

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Re: Testamento.

Um apocalípse poético na tua tão característica poesia.
Lindo, gostei imensamente.
Grande abraço.

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