Porque não lês os olhos que se abrem á tua volta

Porque não lês os olhos que se abrem á tua volta
Olho as casas alinhadas sobre a linha de água dos olhos. De repente um corpo atira-se e acende-se a luz da eternidade ou como alguém comenta mais uma alma entregue ao inferno. Não suportas a tua vida, mas porque não lês os olhos que se abrem á tua volta, olha os frutos e o vento que os saboreia. Tu não precisas das minhas mãos para que te aponte uma direcção, sou eu que preciso de te ver respirar, de te pedir que não morras, a terra precisa de ter raízes, nós somos essa força, essa linguagem que não precisa de se justificar. Se tu morreres, que seja a morte necessária, essa que dá expressão ao amor dentro de ti, ao amor além de ti.

Lobo 05

Submited by

Monday, July 6, 2009 - 15:20

Prosas :

No votes yet

lobo

lobo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 7 years 18 weeks ago
Joined: 04/26/2009
Posts:
Points: 2592

Comments

singelo's picture

Re: Porque não lês os olhos que se abrem á tua volta

Está decidido.
Para mim, és de longe quem melhor escreve por aqui.

"Tu não precisas das minhas mãos para que te aponte uma direcção, sou eu que preciso de te ver respirar, de te pedir que não morras, a terra precisa de ter raízes, nós somos essa força, essa linguagem que não precisa de se justificar"

Genial...

Add comment

Login to post comments

other contents of lobo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Aphorism A água agora é uma pétala 2 1.967 09/08/2010 - 02:24 Portuguese
Poesia/Aphorism As roupas incendiadas 0 2.473 09/07/2010 - 16:00 Portuguese
Poesia/Aphorism O vento passou pela tua cabeça 2 1.675 09/05/2010 - 23:56 Portuguese
Poesia/Aphorism As horas e a chuva 1 1.950 09/01/2010 - 01:39 Portuguese
Poesia/Aphorism Se aquela flor caida 2 1.217 08/30/2010 - 02:17 Portuguese
Poesia/Aphorism Entrega-me o fumo matinal dos dias 2 1.727 08/29/2010 - 01:59 Portuguese
Poesia/Aphorism De repente os olhos param 1 2.166 08/15/2010 - 23:08 Portuguese
Poesia/Aphorism a tranquila morte dos que se descobrem poetas. 1 1.602 08/14/2010 - 19:31 Portuguese
Poesia/Aphorism Os labios empurram o rio 4 945 08/10/2010 - 20:48 Portuguese
Poesia/Aphorism A rede sao estes braços 3 1.353 08/09/2010 - 23:55 Portuguese
Poesia/Aphorism Que espécie de fogo desvendam os teus olhos? 3 2.262 08/09/2010 - 22:44 Portuguese
Poesia/Aphorism A condição da alma perder o corpo 2 904 07/30/2010 - 15:26 Portuguese
Poesia/Aphorism Os vagabundos da minha rua 0 1.626 07/24/2010 - 02:43 Portuguese
Poesia/Aphorism A madrugada é o nome que damos ás flores que levamos para a revolução. 1 1.154 07/17/2010 - 21:22 Portuguese
Poesia/Aphorism Os teus passos no inverso do meu itinerário. 1 1.292 07/16/2010 - 19:59 Portuguese
Poesia/Aphorism Depois do corpo vem a eternidade 0 1.109 07/14/2010 - 17:22 Portuguese
Poesia/Aphorism Noite, olha! Tenho a boca a sangrar 2 2.407 07/09/2010 - 19:38 Portuguese
Poesia/Aphorism Lembro-me 2 1.792 07/08/2010 - 23:18 Portuguese
Poesia/Aphorism A marcha 2 1.464 06/29/2010 - 15:14 Portuguese
Poesia/Dedicated Canta-me uma canção 0 2.327 06/26/2010 - 16:07 Portuguese
Poesia/Aphorism Tu desejavas 1 1.696 06/23/2010 - 21:27 Portuguese
Prosas/Others Um dia trouxeste-me um livro e eu queria pão 0 4.822 06/19/2010 - 16:21 Portuguese
Prosas/Thoughts A fome olha-nos por dentro 1 3.006 06/17/2010 - 21:26 Portuguese
Poesia/Aphorism A sopa sabia a terra 3 1.865 06/16/2010 - 22:02 Portuguese
Poesia/Aphorism Todos os dias acordas para o trabalho que nao queres. 4 1.690 06/15/2010 - 23:56 Portuguese