era uma vez uma couve
Era uma vez uma couve que era muito feia e tinha muitas rugas. Decidiu ela ir ao instituto de beleza da Madame Cebola a ver se esta conseguia algum resultado, mas infelizmente os tratamentos não surtiram efeito. Andava a pobre couve pelo quintal com olhar cabisbaixo quando encontro uma lagarta.
- Senhora couve que cara é essa?!
- Sinto-me triste, feia e estou deprimida
- Minha amiga não se preocupe, acho que precisa de ajuda psicológica, olhe conheço um bom psicólogo, é tão bom que já curou uma abóbora esquizofrénica.
No dia seguinte apanharam o autocarro em direcção ao consultório do Dr. Alho de Matos. Quando chegaram na sala de espera havia um tomate criança com tendências agressivas , um melão com traumatismo craniano e uma banana epiléptica. Quando chegou a vez da couve ser atendida a secretaria uma cenoura de pernas bem feitas levou-as á presença do Dr. Este perguntou-lhe o nome e como era a relação com os pais, ela contou que o pai batia na mãe e que o irmão tinha sido pisado por um burro quando cumpria o serviço militar em Tancos. O psicólogo aconselhou-a a ler e a praticar desporto, então todos os dias de manhã ela ia ao estádio nacional fazer manutenção e á tarde ia na biblioteca ler livros de filosofia sobre a metafísica do repolho. Certa noite ao chegar olhou o céu repleto de estrelas e sentiu-se a cinderela das couves e pensou que talvez a sua beleza interior fosse a mais importante.
lobo
Submited by
Prosas :
- Login to post comments
- 2585 reads
Add comment
other contents of lobo
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Ficção Cientifica | Alguem te olha os olhos escuros | 0 | 2.607 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | Mãe pode ser um momento vago , primeira parte | 0 | 2.325 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Others | Havia um espírito cheio de pregos | 0 | 1.978 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Assim continuamos a tirar vermes da cartola. | 0 | 1.883 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Anda alguem a desacertar o relogio do mundo parte 5 | 0 | 2.552 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Ter os olhos pousados nas estradas | 0 | 2.297 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Others | Seguimos os gestos que a cidade desenha nos corpos | 0 | 2.449 | 11/19/2010 - 00:03 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Estou a perder-me | 0 | 1.919 | 11/18/2010 - 23:56 | Portuguese | |
Prosas/Others | A princesa ama o dragão | 0 | 3.110 | 11/18/2010 - 23:55 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Menino Jesus vamos jogar ao monopolio | 0 | 1.798 | 11/18/2010 - 23:51 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Ainda há policias bons | 0 | 2.459 | 11/18/2010 - 23:51 | Portuguese | |
Prosas/Others | a alma nhaé como o cume da monta | 0 | 3.011 | 11/18/2010 - 23:50 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Rua da paragem sem álcool | 0 | 2.107 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Others | Coisa que a morte não faz | 0 | 2.651 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | As leituras sobre a natureza | 0 | 2.478 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Entrego-me ao rio | 0 | 2.111 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | A rapariga dos sapatos vermelhos 3 | 0 | 2.530 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Um certo tempo do amor | 0 | 2.573 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Assim de repente | 0 | 2.253 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | A rapariga dos sapatos vermelhos | 0 | 2.365 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | A rapariga dos sapatos vermelhos 2 | 0 | 2.092 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Others | Os cavalos amarrotam o papel 3 | 0 | 2.962 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | A mulher que tinha sémen nos olhos parte 3 | 0 | 1.996 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Mistério | Não era milagre andar sobre as águas | 0 | 1.723 | 11/18/2010 - 23:48 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Os cavalos amarrotam o papel. 2 | 0 | 1.870 | 11/18/2010 - 23:47 | Portuguese |
Comments
Re: era uma vez uma couve
Tem muita piada!
Abraço,
Benedita Maldita
Re: era uma vez uma couve
Parabéns pelo belo texto.
Gostei.
Um abraço,
REF