Piloto automatico

Subi a todas as árvores
Da cidade do betão armado
Como um macaco cria
Que tudo queria

Em estado de alerta
No alto das árvores
Ninguém soube de nada
Ninguém deu por mim

O que mais me doeu
Na hora da abalada
Foi não conseguir pôr fim
À vontade que me perdeu

De tira e queda
De não mais descer
Com medo de me perder
Sem para-quedas

Alma penada autómato
No meio da cidade abandonada
Povoada de almas fantasma
Em piloto automático

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Thursday, January 14, 2010 - 18:25

Ministério da Poesia :

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alvarofontes

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