DIANTE DO AMOR

Diante do amor
Eu não posso esperar:
Que a vida se sucumbi
Que as pessoas se desvirtuam
Que os pequenos pagam o preço

Diante da luz resplandecente
Eu não posso esperar:
Que o egoísmo perverta
Que o coração endureça
Que os braços se cruzem

Diante do espírito fumegante
Eu não posso esperar:
Que a chama se apague
Que a utopia se esfria

Diante do amor reinante
Eu não posso esperar:
Que o primeiro amor falece
Que afeto não se afete
Que as boas lembranças se perdem

Diante da missão provocante
Eu não posso esperar:
Que o medo me cerque
Que o poder me corrompe
Que as ilusões me afogam

Diante da gratuidade
Eu já posso esperar:
Que o desejo me desperte
Que a paixão me mova
Que o amor me renove