Chega
Já não aguento mais
Esse teu agir para mim
Como fosse eu a razão
De sentires-te assim
Não aguento mais
Todos os malabarismos
Equilibrismos
Que me obrigas
Através dos teus
Sentimentalismos
Se sou a razão
De tamanho desequilíbrio
Desapareço então
Acaba-se o teu martírio
Não suporto mais
Ao mínimo movimento
Ser razão para exagerado
Exageradíssimo descontentamento
Torna-se insuportável
Ouvir minhas palavras na tua boca
Metralhadas em cadencia calma
Despedaçando minha alma
Deixando minha cabeça oca
Não quero mais ter-te assim
Prefiro que desapareças
Some esfuma-te
Prefiro que me esqueças
Que não me queiras
Do que sempre
Ser razão do teu mal sentir
Nem mesmo que compre
Todas as rozas do teu jardim
Recuzo-me a ser teu fado
Responsável pelo teu desequilibrar
Se sou eu agora calo-me
No peso deste meu cantar
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Comments
Re: Chega
Um texto com muita arte poética, razão e sentimento!!!
:-)