A Cerejeira e o Jardineiro
A CEREJEIRA E O JARDINEIRO
Jorge Linhaça
Era uma vez uma cerejeira que vivia sozinha na encosta de um monte, florescia todos os anos como todas as outras cerejeiras embelezando a paisagem ao seu redor.
Suas flores, qual poesias, levadas pelo vento, delicadas e belas formavam lindos tapetes pelos caminhos.
A cerejeira passava assim a sua vida a florescer no tempo certo, mas faltava à cerejeira a alegria dos vermelhos frutos.
Certo dia passou por ali um jardineiro que encantou-se com aquela cerejeira tão sensível e delicada. Passou a regar a linda cerejeira com carinho e atenção, adubou suas raízes com um composto de amor e paixão.
A cada dia que passava a felicidade do jardineiro e da cerejeira aumentava, passaram a ficar juntos a maior parte do tempo, tocando confidências e carinhos.
A cerejeira mais uma vez carregou-se de lindas flores, mas desta vez foi diferente.
Depois da florada a cerejeira viu crescer me si os frutos que tanto desejava.
O jardineiro e a cerejeira dançavam alegres com a bela noticia, saíram a contar aos amigos a felicidade que sentiam, espalhando assim a alegria por todos os lados.
O fruto foi crescendo, mas, vindo o inverno rigoroso sofriam a cerejeira e o fruto, até que não houve remédio senão colhê-lo antes que se perdesse. A cerejeira ficou triste, mas o jardineiro cheio de amor continuou a nutrir o fruto em uma estufa especial.
A cerejeira, sentindo-se triste por não ter o fruto ao pé de si principiou a definhar sentindo-se culpada pelo que ocorrera. Queria hibernar por todo o inverno e despertar apenas na primavera...um pequeno passarinho, vendo a tristeza da cerejeira, procurava confortá-la com seu canto até que, sentindo-se impotente, voou a chamar o jardineiro que percebendo enfim a situação, ( a cerejeira quando estava ao seu lado fingia-se feliz) levou a cerejeira também para o terreno da estufa onde cuidava do fruto.
A cerejeira e o jardineiro, e o seu fruto bendito, agora cuidam-se entre si resguardados do inverno inclemente à espera da chegada da primavera.
O passarinho? Sempre que pode vai cantar à janela da cerejeira e do jardineiro, pois a verdadeira amizade não conhece distância.
Submited by
Prosas :
- Login to post comments
- 1870 reads
other contents of Jorge Linhaca
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Contos | Jutâmi e a caridade | 0 | 2.028 | 05/21/2011 - 12:21 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jutâmi e a Aurora | 0 | 1.928 | 05/21/2011 - 12:20 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jutâmi e a água do rio | 0 | 1.390 | 05/21/2011 - 12:19 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jutâmi e as pedras | 0 | 1.500 | 05/21/2011 - 12:17 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jutâmi e a morte | 0 | 1.369 | 05/21/2011 - 12:15 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e o relógio | 0 | 1.267 | 05/21/2011 - 12:11 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e o Rádio | 0 | 2.169 | 05/21/2011 - 12:09 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e o liquidificador | 0 | 1.668 | 05/21/2011 - 12:07 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e as nuvens | 0 | 2.205 | 05/21/2011 - 12:05 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a Vitrola | 0 | 1.593 | 05/21/2011 - 12:03 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a pescaria | 0 | 1.819 | 05/21/2011 - 12:01 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a pequena fresta | 0 | 1.881 | 05/21/2011 - 11:56 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a Pascoa | 0 | 1.575 | 05/21/2011 - 11:54 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a Força das ondas | 0 | 1.922 | 05/21/2011 - 11:48 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a Escada | 0 | 1.872 | 05/21/2011 - 11:41 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a eletricidade | 0 | 1.536 | 05/21/2011 - 11:40 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a chuva | 0 | 2.178 | 05/21/2011 - 11:39 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamáli e a Máquina de lavar | 0 | 2.990 | 05/21/2011 - 11:36 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Jamàli e o tempo | 0 | 1.912 | 05/21/2011 - 11:34 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | As Medalhas e os Medalhões | 0 | 2.088 | 05/18/2011 - 19:48 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | O Anjo, O Demônio e o Homem | 0 | 1.403 | 05/18/2011 - 19:44 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | Meu Amigo Zé Caveira | 0 | 1.294 | 05/15/2011 - 22:16 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | Chiquinha da cerca | 0 | 1.478 | 05/15/2011 - 21:44 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | Desmembrado | 0 | 1.640 | 05/15/2011 - 21:39 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | O poeta e os marimbondos | 0 | 2.240 | 05/15/2011 - 21:18 | Portuguese |
Add comment