Lavras da Solidão

LAVRAS DA SOLIDÃO
Jorge Linhaça

Ao revolver a terra assim
para plantar a semente
imersa em seu afim
trabalha incansávelmente

Sob o sol caústicante
vai o cumprido o seu labor
para que alguém distante
nem perceba o seu valor

Se os frutos de seu afazer
podem ser o trigo do pão
ou o café dos grãos a verter

quiçá a erva do chimarrão,
para ela só há o revolver
das lavras na sua solidão.

* Minha homenagem aos milhares de pequenos e anônimos
lavradores que na sua lida diária produzem muitos dos alimentos
que chegam a nossas mesas sem assinatura senão as de
suas mãos calejadas pelo cabo da enxada.
 

Submited by

Monday, May 30, 2011 - 10:55

Poesia :

No votes yet

Jorge Linhaca

Jorge Linhaca's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 10 years 23 weeks ago
Joined: 05/15/2011
Posts:
Points: 1891

Add comment

Login to post comments

other contents of Jorge Linhaca

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Prosas/Thoughts As abelhas e o refrigerante 0 2.488 05/15/2011 - 11:49 Portuguese
Prosas/Contos A Profecia 0 2.331 05/15/2011 - 11:48 Portuguese
Poesia/Sonnet Distorções 0 1.640 05/15/2011 - 11:46 Portuguese
Poesia/Sonnet Canto Negro 0 2.071 05/15/2011 - 11:42 Portuguese
Poesia/Sonnet Mais Vale Acender a Luz 0 2.158 05/15/2011 - 11:40 Portuguese
Poesia/Sonnet Soneto ao ronco 0 1.946 05/15/2011 - 11:37 Portuguese
Poesia/Sonnet Soneto Caipira 0 3.163 05/15/2011 - 11:25 Portuguese
Poesia/Sonnet Ao Gregório de Mattos 0 1.764 05/15/2011 - 11:17 Portuguese
Poesia/Sonnet Soneto ao trono 0 1.559 05/15/2011 - 10:59 Portuguese
Poesia/Sonnet Soneto ao Caracol 0 2.077 05/15/2011 - 10:44 Portuguese
Poesia/Sonnet A barata 0 2.859 05/15/2011 - 10:39 Portuguese
Poesia/Sonnet Castelo de Areia 0 2.038 05/15/2011 - 10:11 Portuguese