copo entornado

Cérebro esvaziado, p’lo vinho derramado,
Pelo desconsolo de querer desanuviar,
Um sentir parolo, que não tem sobre que falar.
Até gastar a tinta, ou ser internada,
Serei faminta da desgovernada,
Caminhada sobre a terra.
Sou serra, sou vale…porque quero.
Sou ferro, sou também, bronze ou diamante,
Sou amante, sou pessoa, sou nada.
Sou a baforada, entre um momento,
E outro…sou silencio, sou barulho,
Sou tudo o que desejar ser.
Quero viver elevada da matéria,
Ser coisa séria, mesmo a brincar.
Calar o desgosto que rebenta,
Nesta atitude sebenta,
Que agora me acompanha.
Quero usar de toda a manha,
De ser mulher.
Quero se poder,
Algo mais que a caneta diz,
Quero até ser feliz,
Se não for pedir muito,
Agora quero um minuto,
Para me calar. Silenciar,
A desconcertante hesitação,
De um falar irritante,
Sem conexão,
Com nada de importante.
Falo tanto do que sou,
Sem ter nada em mente, felizmente,
Também e permitido,
Falar sem sentido, correr sem pernas,
Em metáforas eternas,
Que não vão a lado nenhum,
Só para dar mais um,
…passo nos dias.

Submited by

Martes, Octubre 9, 2012 - 15:39

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Hera1vez

Imagen de Hera1vez
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 12 años 43 semanas
Integró: 10/09/2012
Posts:
Points: 15

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Hera1vez

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General copo entornado 0 702 10/09/2012 - 15:39 Portuguese
Poesia/Tristeza luto de tudo 0 629 10/09/2012 - 15:37 Portuguese
Poesia/Pasión tempo de leviandade 0 590 10/09/2012 - 15:32 Portuguese