Uma nau sem rumo

UMA NAU SEM RUMO

Sobre decidirmos cada um seguir seu rumo...

Quando o mar do peito
Está tão revolto,
Por mais que eu fixe
O meu olhar na linha
Triste do horizonte,
O meu coração
É o sol que se põe
Enquanto essas nuvens
Rumo às trevas sangram
O calor de um riso.

Quando o mar do peito
Está tão revolto
E mal se vê a triste
Linha do horizonte,
De mais nada adianta
Eu sangrar as mãos
Tentando impedir
Que as velas se rasguem,
Se é o gelido vento
Minha solidão.

Quando o mar do peito
Assim tão revolto
Que as estrelas caem
Da noite encerrada
Em olhos fechados,
Para confundirem-se
Com o sal das águas,
Não passa o horizonte
De mais um sorriso
Que me dói... Invertido.

Quando o mar do peito
Está tão revolto,
Sem sorrisos, sem
Estrelas no céu,
A mente se torna
Uma nau sem rumo.

Abril de 2017
Olinda – Pernambuco – Brasil

Autor: Adolfo J. de Lima.

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Jueves, Abril 20, 2017 - 17:04

Poesia :

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Adolfo

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Comentarios

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Por mais que eu fixe o horizonte

com meus olhos tão fechados,

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Sempre de olho!

Eu não me daria o luxo de fechar os olhos nesses momentos... Eu não me perdoaria o luxo.

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