CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
"Spleen" e charutos - O poeta moribundo
Poetas! amanhã ao meu cadáver
Minha tripa cortai mais sonorosa!...
Façam dela uma corda e cantem nela
Os amores da vida esperançosa!
Cantem esse verão que me alentava...
O aroma dos currais, o bezerrinho
As aves que na sombra suspiravam
E os sapos que cantavam no caminho!
Coração, por que tremes? Se esta lira
Nas minhas mãos sem força desafina,
Enquanto ao cemitério não te levam,
Casa no marimbau a alma divina!
Eu morro qual nas mãos da cozinheira
O marreco piando na agonia...
Como o cisne de outrora... que gemendo
Entre os hinos de amor se enternecia.
Coração, por que tremes? Vejo a morte,
Ali vem lazarenta e desdentada...
Que noiva!... E devo então dormir com ela?
Se ela ao menos dormisse mascarada!
Que ruínas! que amor petrificado!
Tão antediluviano e gigantesco!
Ora, façam idéia que ternuras
Terá essa lagarta posta ao fresco!
Antes mil vezes que dormir com ela,
Que dessa fúria o gozo, amor eterno
Se ali não há também amor de velha
Dêem-me as caldeiras do terceiro Inferno!
No inferno estão suavíssimas belezas,
Cleópatras, Helenas, Eleonoras...
Lá se namora em boa companhia,
Não pode haver inferno com Senhoras!
Se é verdade que os homens gozadores,
Amigos de no vinho ter consolos,
Foram com Satanás fazer colônia,
Antes lá que do Céu sofrer os tolos!
Ora! e forcem um'alma qual a minha,
Que no altar sacrifica ao Deus-Preguiça,
A cantar ladainha eternamente
E por mil anos ajudar a missa!
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1749 leituras
other contents of AlvaresdeAzevedo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | Alvares de Azevedo | 0 | 2.133 | 11/24/2010 - 00:37 | Português |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo IV — Gennaro) | 0 | 2.316 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo V — Claudius Hermann) | 0 | 2.717 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo VI — Johann) | 0 | 2.067 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo VII — Último Beijo de Amor) | 0 | 1.669 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Macário - Introdução | 0 | 1.586 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Macário - Primeiro episódio | 0 | 1.306 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Macário - Segundo episódio | 0 | 1.379 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sombra de D. Juan | 0 | 1.472 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Na várzea | 0 | 1.335 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O editor | 0 | 1.614 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Oh! Não maldigam! | 0 | 1.820 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Dinheiro | 0 | 1.530 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Adeus, meus sonhos! | 0 | 1.570 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Minha desgraça | 0 | 1.679 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Página rota | 0 | 1.365 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo I — Uma noite do século) | 0 | 1.652 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo II — Solfieri) | 0 | 2.248 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Conto | Noite na Taverna (Capítulo III — Bertram) | 0 | 3.275 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Panteísmo | 0 | 1.276 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Desânimo | 0 | 1.314 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O lenço dela | 0 | 1.417 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Relógios e beijos | 0 | 1.684 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Namoro a cavalo | 0 | 1.815 | 11/19/2010 - 16:52 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Pálida imagem | 0 | 1.423 | 11/19/2010 - 16:52 | Português |
Add comment