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Balada das mãos

 

 

 

 

não quero só o que me chega!

preciso de mais!

entender todas as dúvidas,

que esperam sentadas uma madrugada,

uma ponte para a outra margem.

 

preciso ir mais fundo!

entrar em todos os eus,

entender a árvore como universo

e não fazer pão como metáfora.

 

preciso ir mais fundo!

entender a verdade das cerejas,

fazer poemas com a ponta das rimas.

saber o que fazer com as mãos.

 

depois...vejo o mar,

a entrar pela janela

e os olhos das algas que me ignoram,

como se não pertencesse a este lugar,

onde fico retidas nas ondas

e onde sinto uma culpa,

como se tivesse rasgado todos os voos das pombas,

como se tivesse amassado todos os tratados de paz

como se tivesse morto todas as crianças.

 

não sei o que vou fazer com as minhas mãos!

 

Eduarda

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sexta-feira, março 9, 2012 - 23:02

Poesia :

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Eduarda

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Comentários

imagem de GIL60

Precisamos sempre de questionar,

Precisamos sempre de questinar, os factos consumados. As certezas absolutas. Com que, a todo o momento somos confrontados.

Excelente reflexão!

Beijossmiley

imagem de Jorge Humberto

Minha querida, Eduarda,

Minha querida, Eduarda,
 

um poema onde a poetisa se questiona, às coisas da vida,
piocurando o poiso certo de suas mãos, rasgados versos. Gostei muito.
 

Beijinhos mil
Jorge Humberto

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