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Constipação
Saíste da minha vida como um espirro que sai do meu nariz em dia de temporal, queria-te acesa a deitar fumo mas já só te via como um borrão de cinza ao fundo, era para isso que caminhavas, era para isso que evoluías, para um pedaço de negro esbatido na paisagem dos meus olhos. Os teus passos afundavam-se no chão deixando buracos como recuerdos da tua passagem por mim, dizem que quando estamos a sofrer o nosso caminhar fica mais pesado, espero que sim, não que os teus passos fiquem mais pesados, mas que estejas a sofrer. Devias afundar-te no alcatrão, na calçada, na areia, no que for que pises a caminho de onde vais. Eu sinto-me leve, talvez não esteja a sofrer, talvez me esteja só a deixar levar pelo habito de estas coisas doerem, não cabe na cabeça de ninguém desgostos de amor não magoarem, que pessoa achariam de mim se me risse de uma traição, tenho que chorar, enfio um dedo no olho, nada, tento dois dedos, e uma lágrima brota e rola do meu olho esquerdo, sim, agora sinto-me normal, posso olhar quem me rodeia e fazê-los sentir pena de mim, posso rogar-te pragas e não temer que elas recaiam sobre mim, posso fechar os olhos e continuar com eles abertos. Já não és mais um borrão, és só uma antiga falsa constipação.
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