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Mistura Fina
Um ribeiro estreito
desagua perto de mim,
como sou feito de sal
confunde o meu corpo
com o mar.
É que choro muito.
Fui desenhado por um arquitecto.
Não por um pintor.
Permaneço um esboço a carvão
sem arte nem inspiração.
Não pedia muito.
Só queria um pouco de tinta
para colorir o meu rosto,
mas nem a isso
o meu criador está disposto.
Quer-me incolor,
sem cubismos,
nem modernismos.
Quer-me um travessão cansado
entre um sim
e um não.
Rasguei então a pele
para ver a cor da minha alma,
fiquei apenas a saber
de quem, é a cor
que o meu sangue tem.
É igual ao teu.
Vulgar
como a cadeira onde me sento.
Rotineiro
como a caneta que uso
no único papel que escrevo.
Que escrevo
e que apago,
para logo voltar a escrever
por cima de palavras
que já não existem,
como o bom dia
que te dei de manha,
porque agora é de tarde,
e daqui a pouco
será de noite.
É o cúmulo do comum.
Eu prefiro a palavra distinção.
Não desejo a mistura.
Gosto do amor
entre a agua e o azeite,
entre as nuvens e o céu.
Porque os peixes
não nadam em terra
e as formigas
não andam no mar.
Eu? Eu já deixei de chorar
E tu? Tu já nem sequer isso sentes.
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Poesia :
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