Sigo a procissão na distância do sonho ao altar da saudade

Sigo a procissão na distância do sonho ao altar da saudade,
ajoelho perante a ternura
e rezo ao beijo;
No corredor da vida,
erro a berma
e sento-me do outro lado do sopro do vento azul;
Aceno com o olhar riscado por unhas inscritas nos meus versos,
remendo diagonais
no branco da minha história;
Planto um sussurro no meu caule,
abrupta sombra
desenhando estrelas tombadas no caminho que almejei;
Salto as pedras que bordam as flores e o jardim da alma,
apago e queimo o mar,
este mar onde sucumbo;
Em idiomas que desconheço,
destruo as escarpas nestas folhas
e construo uma luta inglória para nela naufragar!