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Um conto de fadas moderno

 

 

 

 

A vida de cada um está por escrever. Vivemos cada dia sem nos percebermos quanto ela é importante, fechamo-nos num casulo e não queremos liberta-lo. Não aproveitado a vida, pois a vida é curta de mais para ser desperdiçada.
    Eu vivia empenhada no meu trabalho, sem querer saber de mais nada. Trabalhava como jornalista em Fleet street, uma pequena rua em Londres. Adorava o meu trabalho, e apenas queria dar o meu melhor nele.
  Mas, como dizia só vivia para o meu trabalho e não tinha vida para além disso. Até que um dia, o destino mudou a minha vida para sempre.

------------ Não vais almoçar? – Perguntou a minha amiga Rita.
------------ Não tenho muita fome. Prefiro continuar acabar o que tenho a fazer. – Respondi eu.
------------ Nem penses que vou deixar-te trancada neste escritório. Ultimamente não fazes nada na tua vida, a não ser trabalhar. A vida não é só trabalho, tens de relaxar e aproveitar a vida. Vai dar um passeio, e come alguma coisa. E depois voltas. – Disse a minha amiga, com toda a tranquilidade.
  Acabei por concordar com ela, rodeada da beleza e tranquilidade das águas do rio Themes. Foi exactamente nesse lugar, que a minha vida começou verdadeiramente.
Sonhadora como sou, ponho-me com os meus pensamentos e esqueço-me do resto. Sem perceber esbarro nalguém. 
--------- Desculpe. Estava distraída e nem reparei quem passava na minha frente. Está bem?
--------- Sim, encontro-me perfeitamente em bom estado. Eu também estava com a cabeça noutro lugar. Sou o James, é quem a amável rapariga? – Respondeu-me.
Tinha uns olhos azuis, que a penetrar nos meus fiquei sem saber o que dizer. Como se aqueles belos olhos, fizesse com que eu me esquecesse do meu nome. Cabelos loiros, que tornavam-se mais brilhantes com a luz do sol. Seu rosto era belo e tranquilizante tal como o mar.
----------- Está bem? Não seria melhor ir ao médico? – Interrogava-me ele.
------------ Não. Eu estou bem. Chamo-me Sara, trabalho em Fleet street. Sou jornalista – Respondi-lhe.
----------- Trabalha com factos. Deve ser interessante, trabalhar numa rua que é conhecida por os jornais. – Dizia James.
--------- É muito interessante! Saber que estamos a ajudar a construir a história, através dos nossos jornais. Participar nisso é emocionante. Escrever, foi sempre o quis em toda a minha vida. Então e o James? – Perguntei-lhe.
---------- Prefiro não falar no meu trabalho. É um pouco complicado. – Respondeu-me James.
Notei que a expressão no seu rosto mudou, quando perguntei no seu trabalho. Sentiu-se desconfortável em falar no assunto, por isso decidi não insistir.
Não voltei a tocar no assunto, continuamos a falar das nossas vidas. Contou-me que vivia na Irlanda, que tinha uma relação complicada com os pais. E tinha vindo para Londres, para fugir dos problemas.
Parecia que o conhecia a vida inteira, sentia-me tão bem a falar com ele. Ele compreendia-me e fez-me sentir como seu vivesse noutro mundo.

------------ Sara! Como correu o passeio? – Perguntou a Rita.
  Não lhe respondi, mas ela percebeu pelo me sorriso que tinha corrido as mil maravilhas.
--------- Pelos visto foi maravilho! Quem conheceste? – Interrogou ela.
---------- Depois falamos. Já estou atrasada, tenho de acabar o meu trabalho. – Respondi-lhe.

Depois do trabalho, combinei um café com a minha amiga para falar sobre o que tinha acontecido naquela tarde.
----------- Deixa ver se entendi. Tu estavas a observar o rio, quando de repente esbarras num belo rapaz.  E ficas atraída por ele. – Disse – me Rita.
------------ Não sei, se foi atracção. Senti que o conhecia a vida toda. Como fizesse parte da minha vida. É estranho, não é? Não o conheço de lado nenhum, só o conheci hoje. – Declarei-lhe.
------------ Sabes o que é isso? Estás apaixonada. Isso é óptimo! Tu mereces ser feliz. Depois de todas as relações falhadas que tiveste, mereces encontrar uma pessoa que goste realmente de ti. – Retorquiu a minha amiga.
------------ E como vou saber se é a pessoa certa? – Perguntei-lhe.
----------- Se não tentares nunca saberás. – Respondeu ela.
   Ela tinha razão, se não tentasse não saberia o que acontecia se tivesse arriscado. Quem sabe se a minha felicidade não dependia desta pessoa misteriosa?
  
Tentei procura-lo mas não sabia onde vivia, nem onde trabalhava. Mas, o destino fez-nos cruzar de novo.
O meu trabalho organizou um elegante baile, uma ideia que surgiu da parte de todos para comemorar o aniversário da empresa.
Foi as compras com a minha amiga, comprei um belo vestido vermelho.
Assim estava eu no grande dia do grande baile, com vestido vermelho e uma máscara de Veneza violeta com plumas. Todos os convidados tinham de usar as máscaras.
Todos se divertiam na festa, menos eu. Parecia uma intrusa lá dentro. Até que um misterioso cavalheiro convida-me para dançar.
Dançava majestosamente, sentia que o conhecia mas não sabia de onde. Sem saber porquê, tirei a máscara. Olhou para o meu rosto, como a reconhecer-me.
Sem nenhuma explicação, beijou-me com toda intensidade. O meu coração reconheceu, alguém quem eu não reconhecia. Mas, ele parecia conhecer-me!
Deu-me uma rosa vermelha, e desapareceu sem dizer uma única palavra. Tinha de descobrir quem era o cavalheiro misterioso! Ele tinha mexido o meu coração.
--------- Não devias beijar desconhecidos. Não sabes quem ele é, pois não? – Questionou a minha amiga.
---------- Não, mas ele parecia que conhecia-me. Quando tirei a máscara, olhou para o meu rosto como a reconhecer-me. Sei que isto vai parecer estranho, eu senti que o conhecia de algum lado. – Contei-lhe.
---------- Continuo a não achar boa ideia procurares essa pessoa. Parece uma loucura! – Dizia-me a Rita.
---------- Porque não procuras o James? - Perguntou a minha amiga.
---------- Já tentei procura-lo, mas não sei onde vive. – Respondi.
--------- Já procuras-te na lista telefónica? – Perguntou-me.
--------- Não. Vou já... E se for... Até já, Rita tenho de experimentar uma coisa. – Disse-lhe.
--------- E se for o quê? Para onde vais Sara? – Perguntou-me.
  Mas não lhe respondi, caminhei com a lista telefónica nas mãos e consegui descobrir onde ele morava.
Chegando ao seu apartamento, toquei a campainha a espera de resposta.
-------- Sim. Quem é e o que deseja? – Perguntou James, na sua voz encantadora.
-------- Sou eu, a Sara. Preciso de falar contigo. – Respondi.
-------- Podes subir. – Disse-me
Quando entrei, fiz o que achava que ia tirar todas as dúvidas dei-lhe um beijo intenso como tinha recebido na noite anterior.
-------- Estou surpreendido! Disseste-me que querias conversar comigo e sem dizer nada dás-me um beijo. – Disse-me ele.
--------- Desculpa, James. Apenas queria tirar uma dúvida que tinha minha cabeça, e para isso tinha de te dar um beijo. – Expliquei-lhe.
---------- E que dúvida é essa? – Perguntou-me.
---------- Se foste tu que ontem deste-me um beijo, e ofereceste-me esta rosa? – Perguntei, mostrando-lhe a rosa.
--------- Porque não vais agora para casa, já esta a anoitecer. E amanhã, encontramo-nos às 14h no Hyde park. E eu respondo a tua pergunta. – Respondeu-me.
-------- Combinado. – Disse-lhe.
    Não percebi porque não podia responder naquele preciso momento, mas decidi esperar para o dia seguinte.
  No dia seguinte, estava no Hyde park há cinco minutos e James ainda não tinha aparecido. Quando de repente aparece o cavalheiro misterioso.
--------- Será que finalmente posso saber quem se encontra atrás da máscara? – Perguntei-lhe.
  Não respondeu, apenas tirou a máscara. E finalmente sobe quem era. Eu tinha razão, era James o cavalheiro misterioso. Por isso quando ele beijo-me, o meu coração bateu mais forte. Senti desde do primeiro momento que o conhecia, James era o meu grande amor.
-------- E sabia que eras tu. Desde que te vi ao pé do rio Themes, que não sais da minha cabeça. Fizeste com que o meu coração acelera-se. Nunca senti-me tão viva, como sinto quando estou ao pé de ti. – Declarei.
-------- Não sabia o que fazer, para demonstrar o que sentia por ti. Por isso, disfarcei-me e decidi demonstra-lo como outra pessoa. Eu amo-te, Sara. – Declarou James.
     Beijou-me intensamente, como tinha feito na outra noite. Agora tinha a certeza, tinha encontrado a minha alma gémea. Tinha encontrado a minha felicidade.
    A minha vida, finalmente teve um rumo. Encontrava-me mais feliz do que nunca, fazia o meu trabalho com mais felicidade do que antes. As coisas corriam melhor, do que antes de conhecer o James.
--------- Tens de me apresentar o teu maravilhoso namorado. – Disse a minha amiga, um dia.
-------- Claro, eu te apresento. – Disse-lhe.
--------- A sério, ele tornou-te numa pessoa mais confiante e feliz. Nunca vi-te tão feliz! Parece que finalmente encontras-te uma instabilidade na tua vida, encontras-te a tua felicidade. – Declarou a Rita.
---------- Isto parece coisa de filmes. Sabes daquelas histórias maravilhosas, que não parecem reais. – Confessei-lhe. 
---------- Bem, nem sei o que dizer. O que estás a viver é maravilhoso! – Exclamou a minha amiga.
---------- Desculpa, Rita. Mas, tenho de ir encontrar-me com o James. Não te importas, pois não? – Perguntei-lhe.
-------- Não, vai ter com o teu príncipe encantado. – Respondeu-me.
  Ao encontra-lo, vi que não estava sozinho. Uma bela rapariga encontrava-se ao seu lado, tive uma certa impressão de ter visto aquela cara.
--------- Quem é esta rapariga, James? – Perguntei-lhe, desconfiando que ele estava a esconder-me algo.
---------  Não contas-te a tua amiga, quem eu sou James? – Perguntou a bela rapariga, ao James.
--------- Amiga? Foi isso que tu lhe disseste que eu era tua amiga? Explica-te!  Quem é ela? – Perguntei-lhe novamente.
------- Ela é... – Ia dizendo James, após ser interrompido por a rapariga.
------- Eu sou a condessa de la rouche, a noiva do príncipe. – Declarou ela.
-------- Pois, agora lembrei-me de onde de te vi. Das capas de jornais e revistas, que declaram que és um deusa. Agora, explica-me James. Eu quero ouvir da tua boca, é verdade o que esta donzela disse? – Perguntei-lhe.
--------- Sim. Eu sou o príncipe da Irlanda e esta é a noiva que os meus pais arranjaram. Eles são os reis, e acharam melhor que eles próprios arranjam-se uma mulher para mim. Eu não suportava de toda está pressão nas minhas costas, ter de ser o futuro rei e de todas as responsabilidades que isso implica. E o pior de tudo ter de casar-me com alguém, que nem sequer conheço. – Explicou-me James.
---------- Porquê nunca contas-te a verdade? Porque não disseste-me que eras um príncipe e estavas comprometido? – Questionei-lhe, furiosa por me ter iludido tanto.
----------- Sabia que não ias-me perdoar, se te contasse. Vês a tua reacção? Estás zangada comigo, nem queres me ver a frente. Quando cheguei a Londres, o que pretendia fazer era fugir de tudo. Eu contei-te, quando te conheci, que vim para Londres para fugir dos meus problemas. Esquecer que era um príncipe, tinha uma noiva da qual eu não gostava, fugir de todas aquelas responsabilidades. Poder ser uma pessoa normal.
Mas, depois conheci-te. E as coisas mudaram, apaixonei-me por ti. Fiquei apavorado, não sabia o que fazer. Nunca antes tinha gostado tanto de alguém, como gosto de ti. Perguntaste-me do meu trabalho, e não pode responder. Não estava preparado para contar-te a verdade, e além disso tinha acabado de te conhecer.
Aos poucos, ia conhecendo-te melhor e percebia que tu eras a pessoa que queria que ficasse para o resto da minha vida. Tinha tanto receio de contar-te a verdade, sabia que quando contasse-te a verdade iria também perder-te. Então, descobri que a empresa onde trabalhavas ia dar um baile, disfarcei-me e entrei na festa.
Assim não havia problema, aproximar-me de ti com identidade desconhecida era uma maneira de poder estar ao teu lado, e não haver possibilidade de te perder. Mas, descobris-te que o cavaleiro misterioso era eu. Eu tive de revelar-me.
Vivi momentos tão maravilhosos contigo, nunca tinha me sentido tão feliz, mas sentia-me mal por a estar a mentir-te. Estava a enganar a pessoa, que mais amava na vida.
Eu ia contar-te toda a verdade hoje, quando aparece a minha noiva e tenta convencer-me a regressar a Irlanda. Eu disse-lhe que não pretendia voltar, para ela regressar a casa. Mas, ela insistiu ficar. Sobes-te este meu segredo da pior maneira possível.
Sei que não estou em condições de pedir-te isto. Mas, te peço que me perdoes! Eu prometo-te que não haverá mais nada, que empeça a nossa felicidade. Só não te afastes de mim, não suportaria ficar sem ti. – Implorou-me James.
----------- Agora é tarde para pedires-me isso, não achas? Tu enganaste-me da pior maneira possível. És a maior ilusão que tive na vida. Andaste-me a enganar a mim e a ela. Se quisesses ficar comigo, acabavas com ela. Mas, tu não quiseste. Preferiste andar com as duas. – Retorqui.
---------- Isso não é verdade. Nunca quis magoar ninguém, tu eras a única pessoa que nunca queria magoar. Quando estava contigo, era só contigo que andava. Ela só apareceu hoje. Tens de acreditar em mim. – Pediu-me.
----------- Eu já não acredito em ti. Ela é tua noiva, vais casar com ela. Mentis-me, humilhaste-me com estas mentiras todas. Para dizer a verdade, nem sei se gostavas de mim de verdade. Devo ter sido para ti, uma aventura. Um príncipe que só queria divertir a minha costa, nem querendo saber dos meus sentimentos. Apenas foi uma conquista. – Declarei.
--------- Não tu és a mulher da minha vida. Eu te amo. – Disse ele.
-------- Se me amasses terias contado a verdade, e não tinhas-me enganado. Volta a tua bela vida, vossa alteza. E não voltes a procurar-me. – Disse-lhe cheia de raiva.
   Parti com o coração destroçado, sem olhar para trás, ignorando os gritos “falsos” de James implorando para voltar.
Queria esquece-lo, mas não era assim fácil. As lágrimas escorriam dos meus olhos, o meu coração tinha-se partido aos bocados. Não sabia o que fazer, para tristeza que pairava sobre mim desaparece.
--------- O que se passa, Sara? – Perguntou Rita muito preocupada.
Tinha-me encontrado na rua a chorar, e vi que mesmo não querendo. Ia contar o que tinha acontecia.
  ---------- O James é um príncipe. Quando foi encontrar-me, com ele viu-o com outra rapariga. Ela disse-me que era noiva dele. Depois ele contou-me a verdade, e disse que era o príncipe da Irlanda. Ele contou-me que tinha vindo para fugir das suas responsabilidades, para ser alguém normal. Contou-me que quando apareci, apaixonou-se por mim e que queria contar-me a verdade. Mas, tinha medo da minha reacção.
Não sei já no que acreditar! Ele disse-me que amava-me, mas enganou-me. Se gostava mesmo de mim, porque não contou a verdade desde o princípio? – Questionei.

----------- Acho que consigo perceber o que sente. Ele escondeu-te a verdade, não mostrou-te quem era realmente. E ainda por cima, tinha uma noiva. Mas tenta também compreende-lo. Achas que é fácil ser um príncipe? Eles tem enormes responsabilidades, e a maior parte deles são obrigados a casar com alguém a qual não amam.
   Ele não pode mudar o que é, Sara. Ele será sempre um príncipe, e tu uma simples jornalista. Se o James contasse a verdade, ia ter de enfrentar toda a realeza. Imagina o que isso seria para ele. – Retorquiu Rita.
--------- Talvez foi melhor assim. Não sou da nobreza, nem nunca serei. Ele e eu somos de mundos diferentes. Talvez não está destinado, eu e o James ficarmos juntos. – Disse, apenas.
--------- Vai para casa, e tenta descansar. Tu precisas. – Aconselhou-me a minha amiga.
--------- E o trabalho? – Perguntei.
--------- Não te preocupes. Eu digo ao nosso patrão, que não estavas sentido-te bem e tiveste de ir para casa. – Respondeu Rita.
--------- Obrigada. – Agradeci-lhe.

        Enrosquei-me no meu quarto durante dias, sem fazer absolutamente nada. Sentia-me como se uma parte de mim tivesse morrido, quando ele desapareceu da minha vida. Foi então que decidi ligar a televisão, e algo me fez despertar.
“ O casamento do príncipe James e a condessa la rouche não aconteceu. O noivo, o futuro rei da Irlanda, desistiu. Não se sabe o motivo. Só sabemos, que na hora de começar o casamento ele não se encontrava na igreja. Tendo esperado por ele meia hora, e ele não apareceu.”
“ Escândalo real: príncipe desiste do casamento”
  Eram as constantes afirmações que apareciam, no Daily news e outros jornais inglês.
----------- Onde estará ele? Que motivo ele teria para desistir de um casamento tão importante? – Questionava-me.
   Quando de repente, uma voz fala por cima do meu ombro.
---------- Porque não o perguntas?
---------- James! – Gritei.
        A surpresa foi tão grande, que esqueci de tudo. Esqueci a nossa discussão, do casamento e de que ele era um príncipe. E dei-lhe um apaixonante beijo, voltei a sentir-me viva de novo.
---------- Desculpa, isto não devia ter acontecida. Fiquei entusiasmada de mais e esqueci de quem tu és. És um príncipe, e o teu destino não é ficar comigo. Estas comprometido, mas afinal o que estás aqui a fazer? – Questionei.
----------- Eu voltei, não conseguia viver sem ti. Não interessa o que outros pensam, nem a minha família. O mais importante és tu, e é contigo que quero ficar. E não com a vaidosa e convencida condessa de la rouche. Voltei para ficar contigo, perdoa-me eu jamais quis te magoar. – Respondeu-me.
------------- Tudo o que mais quero é ficar contigo. Mas, somos de mundos diferentes e diversos factores que nos impedem de estar juntos. Tu és um príncipe, e eu uma simples rapariga. Como tudo disseste a tua família é complicada, eles nunca iram-me aceitar. Que achas que final teria? – Perguntei-lhe.
---------- Terá o final que eu escolher. E eu digo que seremos muito felizes juntos e nada vai impedir a nossa felicidade. O facto de eu ser um príncipe não importa, eu te amo e isso a que interessa. Confia em mim. – Declarou-me.
   Eu confie, e decidi embarcar naquela aventura tendo consciência dos obstáculos que podiam surgir. Naquele momento, senti-me maravilhosa por ter a presença de corpo e alma do meu amado.
Voltei a trabalhar mais feliz que nunca, e tinha sempre por perto o James onde fazíamos muitos passeios pelos parques de Londres e madrugadas sobre pontes ao luar.
   Certa noite, encontrávamos na ponte de Labeth e o Big ben batia dez horas. Encontrava-se uma noite maravilhosa, podíamos ver o reflexo da lua no rio e uma cor rosada no ar. Lá no fundo via-se a Tower bridge e o London eye.
------------ Por mim ficávamos a noite toda, agarradinhos e a ver esta bela paisagem. – Afirmei eu.
------------ E porque não ficamos? Eu adoro este sitio, e estando aqui contigo torna este lugar ainda mais especial. – Declarou ele.
------------ Não posso. Se eu pudesse ficava. Mas, amanha tenho de trabalhar e o meu trabalho fica quilómetros daqui. Por falar nisso, é melhor eu ir para casa. -  Disse-lhe.
---------- Ok. Vejo-te amanha. Eu amo-te. – Declarou.
  No dia seguinte, combinamos encontrarmos no lugar onde nos vimos pela primeira vez. Nesse dia, encontrava-se com um olhar um pouco triste.
------------ O que se passa? – Perguntei.
------------ O mesmo de sempre. A minha família, a grande responsabilidade que tenho de ser o futuro rei. A minha mãe telefonou. E disse-me que já não me considerava filho dela, se eu continuasse contigo. – Respondeu-me.
----------- Isso é horrível! Uma mãe a dizer isso para o filho, antes de ela ser a rainha, ela é tua mãe. Devia preocupar-se com a tua felicidade, acima de tudo. – Declarei.
----------- Tu não compreendes. Ela se preocupa mas com as aparências, não quer ferir a honra da família, preocupa-se com o que os outros vão pensar do que propriamente com a minha felicidade. Nem sei se ela gosta de mim, ela nunca me disse. – Confessou James.
----------- Não digas isso. É claro que ela gosta de ti, só a sua maneira. Talvez não saiba demonstrar os seus sentimentos. – Disse-lhe.
----------- Quero que vais comigo para a Irlanda! Mostrar a minha mãe, como tu és importante para mim e que quero ficar contigo. A rainha vai ter de compreender isso, e se ela não te aceitar eu desisto do reino. – Afirmou ele.
---------- Eu não sei, se quero ir contigo para Irlanda. A tua mãe não vai aceitar-me, ainda por cima depois do escândalo que fizeste não casando com a condessa. Tu não podes desistir do que és, James. Tu serás sempre um príncipe, talvez o melhor era eu desaparecer da tua vida. – Retorqui.
------------ Não, eu não vou deixar tu fazeres isso. É apenas um título que tenho, ser um príncipe. Não faz de mim o que sou, tu mostraste-me quem eu realmente sou. Antes o que fazia, não era ser eu mesmo, era representar um papel. Ao pé de ti, sinto que sou alguém. Alguém feliz, amado e que não se sente feliz vivendo na Irlanda fazendo o papel de príncipe. Por isso, por favor, meu amor vem comigo a Irlanda. – Pediu James.
---------- Eu vou. Por ti, eu vou. Vamos mostrar a tua mãe, o amor que nos une. Que ele é mais importante que tudo, e ela não te pode obrigar a casar com essa condessa. – Concordei eu, mostrando-me entusiasmada.
E assim, Irlanda foi o meu destino. Um país rodeado de amor, coberto de lindas histórias de amor. O seu cenário é um conto de fadas, a sua própria natureza exprime romance.
Mas o que parecia, uma viagem maravilhosa virou um verdadeiro pesadelo. Começando com a minha chegada e apresentação a família do James.
-------------- Esta mãe é a mulher com quem pretendo casar. – Disse James, apresentando-me a família real e eu senti-me uma estranha lá dentro daquele belo castelo.
-------------- Não podes estar a falar á sério, James. Ela não está a tua altura, nem altura deste povo. Tens de casar com alguém que tenha sangue real, alguém como a condessa la rouche. Essa aí não tem classe, nem dignidade para ser tua esposa. – Declarou a rainha, muito friamente.
----------- Essa aí? Ela tem nome e chama-se Sara. Eu a que escolho com quem quero ficar e decido ficar com a Sara. Ela compreende-me, de uma maneira que a mãe nunca irá compreender. Ela é uma parte de mim. Tem muitas mais qualidades do que alguma vez a condessa la rouche terá. A condessa não passe de uma pessoa mesquinha e aposto que só está interessada no meu titulo e no dinheiro da minha família. A Sara ama-me de verdade, e se a mãe não consegue compreender isso.
Então parece que não temos mais nada a conversar. Apenas deixo um aviso a mãe, se não aceita-la procure outra pessoa para ser o futuro rei. Pois eu não serei, ser da realeza nunca fez sentido para mim. Só fazia isso por si, pois nunca foi feliz, nunca fiz o que gostava e nunca deixo-me ter as minhas próprias escolhas.
Se me obrigar a escolher, eu escolherei a Sara. Lembre-se disso, uma vez na vida deixe-me ser feliz. – Ameaçou cordialmente James. 
   Logo de seguida, James saiu do castelo sem dizer uma única palavra e eu segui-lhe. Levou-me para um castelo, que parecia tirado de um sonho. O castelo encontrava-se coberto por arbustos, mas não deixava de ter a sua beleza. Continha algumas rosas á sua volta, uma torre e uma linda varanda.
------------ Costumava vir para aqui, quando era criança. Era o meu esconderijo, onde podia fazer tudo o que queria sem ter alguma obrigação para cumprir. Este castelo encontra-se abandonado há séculos, não sei por aconteceu. Mas sei, que nele contem algo especial. Algo maravilhoso. – Contou-me ele.
     Passávamos tardes inteiras naquele maravilhoso castelo, sentia-me como se aquela fosse a minha casa. Parecia que queria fazer lembrar-me de algo, algo que não conseguia lembrar. Como um passado distante. Ao pé do castelo, se encontrava um pequeno lago com água límpida onde ficávamos muitas vezes a admirar as estrelas.
Mas um dia, um belo dia tornou-se um pesadelo. Estava na torre do meu castelo a aguardar impacientemente a chegada de James, que tinha ido a cidade conversar com um amigo dele sobre as suas obras de arte.
Não vos tinha contado, mas o James é pintor. Ele faz maravilhosos quadros de paisagens, transmite através deles uma certa harmonia e perfeição. São mesmo incríveis! E não digo isto por estar loucamente apaixonada por ele, mas como uma profissional a elogiar um verdadeiro artista. 
Continuando, ia eu dizendo...... Ah! Pois, o meu terrível dia. Vivi um pesadelo, quando de repente dois homens encapuzados raptaram-me e levaram-me para uma casa abandonada. Passava os dias a pão e água, não diziam uma palavra, e quase sufocavam-me com as grandes correntes que me marraram a volta do meu corpo.
Vivi esses dias cheios de medo, do que pudessem-me fazer. E tentava procurar a razão daqueles raptarem-me, se não queriam nada de mim. O que queriam eles? Sobe mais tarde tratar-se de um esquema da rainha, para afastar-me do seu filho.
Não aguentava sofrer assim! E deixei-a vencer. Voltei para Londres, escrevi uma carta a James mentindo-o dizendo que não o amava. Regressei a Londres pois achei que era o melhor a fazer, não queria continuar a sofrer nas mãos daquela maquiavélica rainha. 
Voltei a ser jornalista, a trabalhar em Fleet street. Contei tudo a minha amiga, mas ela insistia que eu tinha de lutar por o que queria e não cruzar os braços a primeira dificuldade.
------------ Deixas-te ela vencer, não percebes isso? Era isso que ela queria. – Disse-me Rita.
------------- Não imaginas o sofrimento que passei, amarrada com aquelas correntes que quase sufocar-me e quase passei fome. Só uma vez por dia dava-me comida. A única maneira de acabar com aquele sofrimento era fazer o que ela queria, mesmo que tivesse de ser deixar o amor para traz. – Declarei eu.
------------- Estás a sofrer na mesma. Abandonas-te a única pessoa que te fez feliz, nunca mais encontrarás ninguém assim. – Retorquiu ela.
-------------- E o que querias que fizesse? – Perguntei.
-------------- Que lutasses por a tua felicidade. Estás a deixar-te vencer pelo medo, e também estás a ser egoísta. Só estás a pensar em ti. E então e o James? Ele tem direito de escolher a sua própria vida. Tu estás a conduzi-lo por um caminho que ele não escolheu. Ao entrega-lo a sua mãezinha para que ele seja o rei, algo que tu sabes ele não deseja.
Abandonaste-o mentindo ao dizer que não o amavas. Estás causando-o sofrimento. Não vale a pena vocês os dois sofrerem, quando podem ficar juntos. – Respondeu Rita.
------------- Faço isto porque é o melhor para ele. – Disse eu.
------------ Não, é o melhor para ti. E se não lutares por a tua felicidade, mas ninguém o fará. E viverás com um buraco no coração, incapaz de ser curado. – Disse a minha amiga.
Rita tinha razão quando disse o que disse. Só estava a preocupar-me comigo própria, tinha abandonado a pessoa que mais me fazia feliz. E naquele momento sentia que faltava uma parte de mim, e tinha de recuperá-la. Ia lutar pela minha felicidade, pelo James e ia enfrentar a sua mãe.
Parti assim de regresso a Irlanda, mas quando lá cheguei percebi que tudo tinha mudado. Encontrei o lindo castelo onde eu e James passávamos belas tardes, abandonado e sem os belos quadros de James.
Quando passeava pela cidade a procura de James, encontrei-o na igreja com uma bela mulher preparando-se para casar com ela. Foi então que preparei-me para agir e assim interromper o casamento.
----------- Se alguém se opõe a este casamento, fale agora ou cale-se para sempre. – Dizia o padre no momento, em que eu entrava na igreja.
Foi nesse momento que decidi agir.
------------ Eu oponho-me. – Disse eu.
------------- Sara? O que estás a fazer aqui? – Perguntou ele estupefacto com a minha presença.
-------------- Na cases com ela. É a mim que tu amas. – Respondi.
--------------- Tu disseste que não me amavas. Abandonaste-me, sem dar-me qualquer explicação. – Retorquiu ele.
--------------- Eu menti-te quando escrevi aquela carta dizendo que já não te amava. – Declarei eu.
---------------- Porque haverias de mentir-me? – Questionou James.
----------------- Se eu dissesse-te não irias acreditar em mim. – Afirmei.
----------- Se não tens mais nada a dizer, por favor saí. O meu casamento tem de continuar.  – Ordenou ele.
------------ Eu ainda não acabei. Tenho algo para mostrar-te. Algo que fará veres a razão porque menti-te e voltei para Londres. – Dizia eu, tirando um gravador e pondo-o a gravar.
Este gravador era a prova de que a rainha tinha contratado dois homens para me raptarem, de modo a dar-me um aviso para afastar-me do seu filho.
-------------- Isto é verdade, mãe? – Interrogou James.
--------------- Era a única maneira de tirar essa mulher da tua vida, ela não é digna para ti filho. Foi para o teu bem. – Respondeu a rainha.
---------------- Eu a que sei o que é melhor para mim. A mãe não tinha direito de faze-la sofrer, ela nunca fez-lhe mal. Tudo para que eu fosse o futuro rei, só pensando nos seus interesses. E a minha felicidade não interessa, mãe? É  com a Sara que quero passar o resto da minha vida, não com uma mulher que não conheço de parte nenhuma e que não me compreende. – Declarou ele.
---------------- E todo este tempo pensei que não me amavas. Lamento por que a minha mãe te fez, foi muito cruel. Podias ter-me contado, estou aqui para ajudar-te no que for preciso. Eu amo-te e não deixarei que mais ninguém tente separar-nos, nem fazer-te mal. – Declarou ele.
--------------- Eu também te amo. – Disse-lhe, dando-lhe um longo beijo.
Nesse momento, a rainha com os seus guardas perderam-me.
---------------- Farei com que te libertem, meu amor. Não temas, eu salvar-te-ei. – Declarava ele, agarrando na minha mão e dando-me um beijo.
Levaram-me para a torre do castelo, um lugar frio e sombrio que fazia-me enfrentar os meus medos. 
Numa noite ouvi uma discussão entre James e a sua mãe, que fazia todo para libertar-me.
----------- A mãe não acha que foi longe de mais? Prender a Sara, só porque ela disse a verdade. Ela mostrou quem a mãe é realmente. É isso, a mãe teme que a impressa saiba disto. Pois iria ser um escândalo, se soubessem que a mãe mandou raptar uma rapariga e fez esta sofrer.  Mas digo-lhe uma coisa, se a mãe não liberta-la eu conto todo a impressa para saberem que é a rainha realmente. – Ameaçou James.
------------- Estás ameaçar a tua mãe? – Interrogou a rainha.
--------------- A mãe não deu-me outra escolha. – Respondeu ele.
-------------- É assim que queres filho. Tudo bem. Eu não queria fazer-te isto, mas não deste-me outra opção. Ficarás preso no teu quarto até decidires obedecer-me. – Dizia a rainha.
Horas mais tarde, quando estava anoitecer ouvi passos pensando eu que tratavam-se dos miseráveis dos guardas da rainha, fingi que dormia. Quando vi que tratava-se do meu amado, tinha conseguido escapar do seu quarto sem que a rainha o visse.
-------------- Sara! – Chamou ele.
-------------- Meu amor, sempre vieste salvar-me como tinhas-me prometido. – Disse-lhe.
--------------- Falamos depois, meu amor. Temos que despachar-nos antes que a minha mãe descubra. – Retorquiu ele, tirando a chave para libertar-me.
Fugimos os dois e voltamos para o lindo castelo onde tínhamos passado momentos maravilhosos.
------------ Aqui a minha mãe não nos encontrará. – Dizia-me ele.
A olhar para o seu belo rosto, os seus olhos azuis a penetrar nos meus sentia-me como se tivesse só o conhecido naquele momento.
O destino tinha me oferecido uma oportunidade para ser feliz quando o trouxe para o meu caminho, e agora estava grata por isso. E não podia ser mais feliz, tinha encontrado o amor da minha vida e realizei um antigo sonho: ser escritura. Agora vivo para escrita e para James.
Ele continua a fazer belas obras de arte, que são conhecidas e aclamadas por todo o mundo. Quanto a sua mãe nunca mais a vimos, mas sei que foi expulsa pelo povo que revoltou-se contra ela e á partir desse dia acabaram com a realeza.
Lembrem-se de dizer  que sentia que já tinha estado naquele belo castelo que agora vivo, pois de certo de modo já tinha vivido lá. O meu antepassado, que viveu no castelo, e também viveu uma bela história de amor.
A vida trouxe-me muito mais do que desejava, deu-me uma nova oportunidade para viver. Agora vivo a vida ao máximo e sei que uma vida sem amor não existe. Por isso, procuro a ajudar as outras pessoas a encontrar a sua luz, encontrar o amor na sua vida.
A minha vida deixou de ser um casulo, mas um mar de emoções que navega pela vida e orienta o seu caminho através do amor. É um livro aberto, pois minha vida ainda não teve o seu final. Há muitos caminhos que ainda tenho de percorrer, mas não temo porque os percorrerei com o meu amor e sei que ele me protegerá sempre. Nada tenho a temer da vida, pois vivo feliz tendo amor na minha vida.  Meu coração pertencerá a James, para sempre e nada mudará. A minha vida tornou-se num verdadeiro conto de fadas.
 

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quinta-feira, fevereiro 2, 2012 - 16:58

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