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O lado negro da lua

Sento no sofá e leio à luz de velas para gerar parafina derretida,
Viro uma página pesada, paro, olho para o tímido clarão em movimento
Ou para o descaso da sala para com a fumaça contida
Só para entender que minha vida é um pavio de vela acesa sem vento.

Pulo as estrofes, tropeço nas letras e cochilo no meu peito
Quando a chama me chama para descansar em seu leito.
O tombar do corpo me assusta,
Mas me assusta mesmo é o estalar de meu esqueleto
Ringindo como portas balançadas pelo tormento.

O ocaso é cataclismo de raios solares
Que deixam meus olhos num cataclismo de lágrimas salgadas.
Abro a janela e o céu se transforma em mares
De ondas, cujas espumas são nuvens delgadas.

Com esforço levanto meu nariz adunco para te olhar
Através do jardim, através do desejo que não consigo quedar.
Subitamente você aparece tapando a luz do sol
Mostrando-me com mácula o lado negro do luar
Nos horizontes perdidos das pálpebras do não amar.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 22:55

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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