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Efêmero

Hoje eu a vi passar.
Ela deslizava sem esforço em sua magnitude.
Tentava escrever alguma coisa e surgiram estas palavras:
No fundo do precipício do mundo em sua latitude.
Inundada alma de um harém de mil escravas.

Não sei o que busco quando penso em você,
E caio no esquecimento quando ando pela rua
Cabisbaixo numa solidão nua e crua.
Estou separado pela camada de gelo – querer.

Gostaria de saber do que você é feita
Gostaria apenas de te tocar e acordar
Chorando como uma criança
Quando procura o leito de sua mãe.
O pior é que sou uma criança
Sem sua mão sobre o meu rosto
Para enxugar minhas lágrimas de açúcar.
Ainda não sei do que sou feito,
Por isso me escondo e uso a máscara em minha face.
Moro no abrigo de minha alma,
Perdido no ermo da obsessão obscura
De te ter ao meu lado.
Nesta vida sem cor
Nesta personalidade intragável
Nesta senda maleável.
O ontem – há vinte anos passou por mim um corvo
Veio em minha direção e fiquei assustado
Abriu suas asas e me envolveu no seu vôo negro
Destruiu o que eu era
E me transformou no que sou
E voei até os mais altos céus
Para elevar meu espírito ao plano superior.

Acho que consegui ver Deus conversando com o Diabo...

Um queria a guerra
O outro a vitória
E nenhum conhecia a paz.

Ninguém está livre de minhas asas.

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quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 22:05

Ministério da Poesia :

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FranciscoEspurio

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