7 e 41
Pontualidade
Britânica, ou talvez suiça
Aparelhagem.
Todos os dias, por duas vezes
O relógio parado da cozinha
Dá horas certas.
Não mais, nem menos,
Duas vezes ao dia
O dia bate certo com o relógio.
Pudesse eu mandar no tempo e
Como correria um dia
P´ra estancar no seguinte.
A eterna indecisão entre
A ânsia do futuro
E o medo do passado. Mas
É o tempo quem lidera
E se esconde
Atrás do que já não é. Mas
O relógio parado da cozinha,
Sem passado, nem futuro
Está avariado, o tempo
Só eu, eu vou andando.
Certo é que morrerei
E na cozinha, parado
O relógio
Às 7 e 41.
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Saturday, February 21, 2009 - 01:06
Poesia :
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Comments
Re: 7 e 41
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)
Re: 7 e 41
Gostei muito do poema, apesar da nostaligia de ver o tempo passar, até que está bem descontraído
Beijos
Dolores
Re: 7 e 41p/Dolores
Obrigado, Dolores.
Quanto à nostalgia, só te posso confirmar que o tempo passa.
Bjs
Re: 7 e 41
"A curiosidade sobre a vida em todos os aspectos é o segredo das pessoas muito criativas."
(Leo Burnett)
...criatividade em estado puro... São, sempre, horas boas para te ler...e se for com um bom cozinhado ainda melhor...Abraços.
Re: 7 e 41 p/Gothicum
Obrigado,
Um abraço.
Re: 7 e 41
a indissolução do tempo que passa, mesmo que todos os relógios parem...passa e não volta.
excelente!
beijo
Re: 7 e 41 p/ MariaTreva
Nada a fazer quanto a isso, Maria. Não volta mesmo.
Beijo e obrigado.
Re: 7 e 41
Caro Conchinha, às 7:41 ainda ressono largamente!
Para ti até posso parar o tempo, mas por favor escolhe uma hora mais tardia!
Pessoal vou parar o tempo, até paro o Universo! 8-)
Quanto ao Poema, está deveras perspicaz!
Abraço sentido.
Re: 7 e 41 p/SempreEmPé
Foi a hora a que ele decidiu parar...
Um abraço e obrigado.