ENTRE O SER E AS COISAS
Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
é a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.
As almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago e brando
o que é de natureza corrosiva.
N’água e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados
sabem do amor que os punge e que é pungido,
uma fogueira a arder no dia findo.
Carlos Drummond de Andrade
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Sunday, July 24, 2011 - 00:10
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Comments
ENTRE O SER E AS COISAS
Chamaste o Poeta a falar pelo teu ser, belo corpo e linda alma, com um sedutor expoente de sensibilidade... Drummond de Andrade teria gostado de conhecer a tua luz e a tua sabedoria. Um beijo grande de quem olha e sente, Sofia.
Nuno