“QUANDO SOU RAIZ AO VENTO”
Nas portas loucas e tortas;
Ventos lavram campos mortos…
Pedras secas em águas fartas
Maviosidades, anelos vossos…
Que não fechais a torneira;
Por gota a gota fantasmeia…
Só no ouro malhadeira:
- Farinha!
És da mesma sementeira.
Tal infecto não morreu;
Nas fachadas, ornamento…
Quanto de mim serei eu,
Quando sou raiz ao vento.
***
Submited by
Tuesday, August 30, 2011 - 05:28
Poesia :
- Login to post comments
- 2047 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of antonioduarte
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Sonnet | “linha espalhada” | 0 | 3.183 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Love | “No Tempo de Te Amar(1)” | 0 | 4.499 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Poetrix | “Terrarimar” | 0 | 3.390 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | “Gira ao sol” | 0 | 9.920 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sonnet | “No tempo de te amar(2)” | 0 | 3.448 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sadness | “Abandono” | 0 | 2.663 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditation | “Queima por dentro...” | 0 | 7.458 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sadness | Abandono | 0 | 3.175 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Meditation | Bem morto | 0 | 3.158 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Intervention | veredas do passo marcado. | 0 | 5.556 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sonnet | Tanto mar! ... | 0 | 3.244 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sonnet | Armas de solidão | 0 | 3.596 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | profeta enjoado | 0 | 6.289 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | “Para entreter o momento” | 0 | 3.507 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | “Lágrimas do outro lado” | 0 | 3.506 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | “Só o cheiro sabe incomodar” | 0 | 7.155 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | "Comoção Azafamáda" | 0 | 3.269 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Passion | “Escolha” | 0 | 8.529 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Poetrix | “Vozes Rimadas” | 0 | 5.016 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | “Só à Mãe” | 0 | 2.683 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Intervention | “Amando Verdadeiramente” | 0 | 5.891 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Fantasy | "Não tenho tempo" | 0 | 3.338 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | VISA | 0 | 4.080 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Haiku | Palavras Mudas | 0 | 10.035 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sonnet | Soneto-Anunciação | 0 | 3.998 | 11/19/2010 - 19:30 | Portuguese |
Comments
Aplausos
Aplausos! Realmente um poema de verdade! Luz, sombra e mensagem! Ouças meus aplausos à distância, meu caro.
Quando és "raiz ao vento.."
Quando és "raiz ao vento.." nos leva consigo nesse processo inexplicável de emoções, onde os versos se fazem presentes e seus sentimentos transmutados!
Enfim, comentei para dizer quanto aprecio tuas palavras que só faz sentido para os que leêm com o coração puro!
Abraços da StarGirl
Olá Star girl, Sim; o
Olá Star girl,
Sim; o coração puro mas, a mente que viaja por minhas portas, encontra os "campos mortos" as terras abandonadas ( o que acontece em Portugal) onde as vontades se tornam preguiçosas sem o esforço de picar a fome com o suor largado sobre o fruto do alimento. (Pedras secas em águas mortas): Como essa mesmas vontaddes se extinguem sobre a fartura dos supermercados, sobre a troca do dinheiro; para se queixarem que há pouco; que passam mal. - Parecem a sede morrendo com a água a passar-lhe nos pés. - O fechar da torneira pode ser a abertura do fogo com único caminho para dobrar as coisas duras. No ouro; na malhadeira, pode significar a insistência do Mundo em correr para o mesmo lado: O da ganância, da procura do próprio umbigo. Quanto à farinha, são as atitudes, diversas, que pairam com o mesmo destino.
Tal infecto não morreu _ (As guerras e tudo o caminha para elas)
Nas fachadas,ornamento... (Os arranjos falsos e a mentira ornam os passos da mesma)
Quanto de mim serei eu
Quando sou raíz ao vento. _ Quando os olhos vislumbram, calando-se às mediocridades que se abrigam debaixo do mesmo céu.
Tudo isto é um comparar de sentimentos, uma fustração para meditar; pois que é profundo e, de certa forma, critico.
Obrigado por comentares, assim tive a oportunidade de meditar sobre os vários sentidos que aqui postei como resposta, para que posssas assistir a um sentido cultural. Tenho muitos outros trabalhos que não são, por hora, para compreender; sim, para simplesmente navegar, que apenas o tempo dirá quem os ira decifrar.
Muito obrigado por esta oportunidade.
Beijinhos.