“QUANDO SOU RAIZ AO VENTO”

Nas portas loucas e tortas;

Ventos lavram campos mortos…

Pedras secas em águas fartas

Maviosidades, anelos vossos…

Que não fechais a torneira;

Por gota a gota fantasmeia…

Só no ouro malhadeira:

- Farinha!

És da mesma sementeira.

Tal infecto não morreu;

Nas fachadas, ornamento…

Quanto de mim serei eu,

Quando sou raiz ao vento.

***

Submited by

Tuesday, August 30, 2011 - 05:28

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

antonioduarte

antonioduarte's picture
Offline
Title: Moderador Poesia
Last seen: 26 weeks 5 days ago
Joined: 01/09/2010
Posts:
Points: 2570

Comments

Cortilio's picture

Aplausos

Aplausos! Realmente um poema de verdade! Luz, sombra e mensagem! Ouças meus aplausos à distância, meu caro.

Star Girl's picture

Quando és "raiz ao vento.."

Quando és "raiz ao vento.." nos leva consigo nesse processo inexplicável de emoções, onde os versos se fazem presentes e seus sentimentos transmutados!

Enfim, comentei para dizer quanto aprecio tuas palavras que só faz sentido para os que leêm com o coração puro!

Abraços da StarGirl

antonioduarte's picture

Olá Star girl, Sim; o

Olá Star girl,

Sim; o coração puro mas, a mente que viaja por minhas portas, encontra os "campos mortos" as terras abandonadas ( o que acontece em Portugal) onde as vontades se tornam preguiçosas sem o esforço de picar a fome com o suor largado sobre o fruto do alimento. (Pedras secas em águas mortas): Como essa mesmas vontaddes se extinguem sobre a fartura dos supermercados, sobre a troca do dinheiro; para se queixarem que há pouco; que passam mal. - Parecem a sede morrendo com a água a passar-lhe nos pés. - O fechar da torneira pode ser a abertura do fogo com único caminho para dobrar as coisas duras. No ouro; na malhadeira, pode significar a insistência do Mundo em correr para o mesmo lado: O da ganância, da procura do próprio umbigo. Quanto à farinha, são as atitudes, diversas, que pairam com o mesmo destino.

 

Tal infecto não morreu _ (As guerras e tudo o caminha para elas)

Nas fachadas,ornamento... (Os arranjos falsos e a mentira ornam os passos da mesma)

Quanto de mim serei eu

Quando sou raíz ao vento. _ Quando os olhos vislumbram, calando-se às mediocridades que se abrigam debaixo do mesmo céu.

Tudo isto é um comparar de sentimentos, uma fustração para meditar; pois que é profundo e, de certa forma, critico.

Obrigado por comentares, assim tive a oportunidade de meditar sobre os vários sentidos que aqui postei como resposta, para que posssas assistir a um sentido cultural. Tenho muitos outros trabalhos que não são, por hora, para compreender; sim, para simplesmente navegar, que apenas o tempo dirá quem os ira decifrar.

Muito obrigado por esta oportunidade.

Beijinhos.

 

Add comment

Login to post comments

other contents of antonioduarte

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/General “Ruas fartas” 2 1.821 01/16/2011 - 05:58 Portuguese
Poesia/Poetrix “Saudade” 4 2.366 01/16/2011 - 05:47 Portuguese
Poesia/General “Boca primitiva” 6 2.066 01/16/2011 - 05:41 Portuguese
Poesia/Meditation “Galardão” 6 3.421 01/16/2011 - 05:31 Portuguese
Fotos/Nature Crinas da Estrela 0 2.843 01/16/2011 - 04:57 Portuguese
Fotos/Nature Mais perto do estrelado 0 2.414 01/16/2011 - 04:51 Portuguese
Fotos/Landscape Lagoa comprida 2 2.293 01/16/2011 - 04:43 Portuguese
Fotos/Nature O Descanso da Serra 2 2.669 01/16/2011 - 04:37 Portuguese
Fotos/Nature Flor da Magnólia 0 3.046 01/15/2011 - 06:54 Portuguese
Poesia/Poetrix “Bons olhos” 6 1.921 01/15/2011 - 05:49 Portuguese
Poesia/Poetrix “Fundo de tempestade” 2 2.225 01/14/2011 - 04:25 Portuguese
Poesia/Poetrix “Borboto de primavera” 2 2.727 01/13/2011 - 03:19 Portuguese
Poesia/Sonnet “Segredo ou mágoa” 4 2.165 01/12/2011 - 02:45 Portuguese
Poesia/General “Tão-somente” 0 2.069 01/12/2011 - 02:22 Portuguese
Poesia/Poetrix “Música do suor largado” 1 2.118 01/10/2011 - 22:39 Portuguese
Poesia/General “Um pouco assim” 2 1.454 01/10/2011 - 04:48 Portuguese
Poesia/Sonnet “Tomara” 2 1.828 01/05/2011 - 19:35 Portuguese
Poesia/Sonnet “Soneto de voz beijada” 4 1.683 01/05/2011 - 03:34 Portuguese
Poesia/General “Eram Apontadas” 0 1.941 01/04/2011 - 02:04 Portuguese
Poesia/General “A Que Vencia” 0 1.708 01/04/2011 - 01:30 Portuguese
Poesia/Sonnet “Quinteto” 0 1.721 01/04/2011 - 01:10 Portuguese
Poesia/General “Abandono” 0 2.051 01/04/2011 - 01:03 Portuguese
Poesia/General “Poses do destino” 0 2.270 01/04/2011 - 00:56 Portuguese
Poesia/Sadness “Agrura” 0 2.077 01/03/2011 - 03:12 Portuguese
Poesia/Gothic “Escuro vertido” 1 3.194 12/29/2010 - 00:20 Portuguese