“QUANDO SOU RAIZ AO VENTO”
Nas portas loucas e tortas;
Ventos lavram campos mortos…
Pedras secas em águas fartas
Maviosidades, anelos vossos…
Que não fechais a torneira;
Por gota a gota fantasmeia…
Só no ouro malhadeira:
- Farinha!
És da mesma sementeira.
Tal infecto não morreu;
Nas fachadas, ornamento…
Quanto de mim serei eu,
Quando sou raiz ao vento.
***
Submited by
Tuesday, August 30, 2011 - 05:28
Poesia :
- Login to post comments
- 2044 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of antonioduarte
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Sonnet | “Até ao Fim” | 0 | 2.521 | 08/02/2011 - 02:48 | Portuguese | |
Poesia/Aphorism | “OS LOUCOS” | 0 | 2.288 | 07/30/2011 - 02:18 | Portuguese | |
Poesia/Love | “Alvura Enamorada” | 1 | 1.930 | 07/10/2011 - 01:17 | Portuguese | |
Poesia/General | “Tronos, enfim” | 0 | 2.133 | 07/10/2011 - 00:23 | Portuguese | |
Poesia/General | “Só terra, Branco de mim” | 0 | 1.645 | 07/10/2011 - 00:07 | Portuguese | |
Poesia/Love | “Suspiro de Poeta” | 2 | 3.191 | 07/09/2011 - 02:16 | Portuguese | |
Poesia/General | “Conquista” | 0 | 1.909 | 07/08/2011 - 00:27 | Portuguese | |
Poesia/General | “Vaga ou Semente” | 2 | 1.765 | 07/07/2011 - 23:39 | Portuguese | |
Poesia/General | “Alegrias Contentes” | 2 | 2.113 | 07/07/2011 - 01:55 | Portuguese | |
Poesia/General | “Claridade” | 1 | 2.727 | 06/07/2011 - 01:34 | Portuguese | |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 2 | 4.113 | 06/02/2011 - 08:50 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.531 | 06/01/2011 - 02:07 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.508 | 06/01/2011 - 02:02 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.630 | 06/01/2011 - 01:59 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.499 | 06/01/2011 - 01:51 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.924 | 06/01/2011 - 01:45 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.993 | 06/01/2011 - 01:40 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 5.084 | 06/01/2011 - 01:34 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.611 | 06/01/2011 - 01:29 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.569 | 06/01/2011 - 01:25 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 4.113 | 06/01/2011 - 01:19 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.117 | 06/01/2011 - 01:08 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio | 0 | 3.064 | 06/01/2011 - 01:02 | Portuguese |
|
Fotos/Events | Lançamento do livro "Pulsar Sombrio" | 0 | 3.313 | 06/01/2011 - 00:55 | Portuguese |
Poesia/Haiku | “COM POESIA” | 0 | 2.141 | 05/25/2011 - 17:38 | Portuguese |
Comments
Aplausos
Aplausos! Realmente um poema de verdade! Luz, sombra e mensagem! Ouças meus aplausos à distância, meu caro.
Quando és "raiz ao vento.."
Quando és "raiz ao vento.." nos leva consigo nesse processo inexplicável de emoções, onde os versos se fazem presentes e seus sentimentos transmutados!
Enfim, comentei para dizer quanto aprecio tuas palavras que só faz sentido para os que leêm com o coração puro!
Abraços da StarGirl
Olá Star girl, Sim; o
Olá Star girl,
Sim; o coração puro mas, a mente que viaja por minhas portas, encontra os "campos mortos" as terras abandonadas ( o que acontece em Portugal) onde as vontades se tornam preguiçosas sem o esforço de picar a fome com o suor largado sobre o fruto do alimento. (Pedras secas em águas mortas): Como essa mesmas vontaddes se extinguem sobre a fartura dos supermercados, sobre a troca do dinheiro; para se queixarem que há pouco; que passam mal. - Parecem a sede morrendo com a água a passar-lhe nos pés. - O fechar da torneira pode ser a abertura do fogo com único caminho para dobrar as coisas duras. No ouro; na malhadeira, pode significar a insistência do Mundo em correr para o mesmo lado: O da ganância, da procura do próprio umbigo. Quanto à farinha, são as atitudes, diversas, que pairam com o mesmo destino.
Tal infecto não morreu _ (As guerras e tudo o caminha para elas)
Nas fachadas,ornamento... (Os arranjos falsos e a mentira ornam os passos da mesma)
Quanto de mim serei eu
Quando sou raíz ao vento. _ Quando os olhos vislumbram, calando-se às mediocridades que se abrigam debaixo do mesmo céu.
Tudo isto é um comparar de sentimentos, uma fustração para meditar; pois que é profundo e, de certa forma, critico.
Obrigado por comentares, assim tive a oportunidade de meditar sobre os vários sentidos que aqui postei como resposta, para que posssas assistir a um sentido cultural. Tenho muitos outros trabalhos que não são, por hora, para compreender; sim, para simplesmente navegar, que apenas o tempo dirá quem os ira decifrar.
Muito obrigado por esta oportunidade.
Beijinhos.