“QUANDO SOU RAIZ AO VENTO”
Nas portas loucas e tortas;
Ventos lavram campos mortos…
Pedras secas em águas fartas
Maviosidades, anelos vossos…
Que não fechais a torneira;
Por gota a gota fantasmeia…
Só no ouro malhadeira:
- Farinha!
És da mesma sementeira.
Tal infecto não morreu;
Nas fachadas, ornamento…
Quanto de mim serei eu,
Quando sou raiz ao vento.
***
Submited by
Tuesday, August 30, 2011 - 05:28
Poesia :
- Login to post comments
- 2065 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of antonioduarte
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Sonnet | BALADA DAS PALAVRAS | 0 | 3.255 | 11/19/2010 - 19:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Quem me ouve falar mais | 0 | 2.964 | 11/19/2010 - 19:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Love | PERFUME | 0 | 2.826 | 11/19/2010 - 19:29 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Ciclo de Lágrimas | 0 | 2.737 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Passion | O CORPO QUE LHES VEJO | 0 | 7.959 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | PALAVRAS | 0 | 8.016 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Intervention | O CANTO DO PELINTRA | 0 | 12.331 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | SEM UMA DOR OU LÁGRIMA | 0 | 2.124 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Gothic | -- MODÉSTIA HÁ PARTE – | 0 | 2.543 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Comedy | Qualidades de mendiga | 0 | 3.166 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | Vencido | 0 | 2.389 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Dois Goles de Alegria | 0 | 2.563 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Grades 1 | 0 | 1.881 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Grades2 | 0 | 5.291 | 11/19/2010 - 19:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | TRISTEZAS | 0 | 2.704 | 11/19/2010 - 19:25 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Passion | QUERO | 0 | 2.721 | 11/19/2010 - 19:25 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | !!Òh mar... òh mar... òh mar... | 0 | 3.651 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Prosas/Saudade | “Até ao tempo de te encontrar” | 0 | 2.412 | 11/19/2010 - 00:08 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | “Avé Lord” | 0 | 2.327 | 11/19/2010 - 00:08 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | “Alimento sem segredo” | 0 | 3.118 | 11/19/2010 - 00:08 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | “Batuque do pensamento” | 0 | 3.344 | 11/19/2010 - 00:08 | Portuguese | |
Prosas/Others | “Ao pouco que de mim pereça” | 0 | 2.703 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Mistério | “Achado de vento” | 0 | 2.954 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Saudade | “Entendimento” | 0 | 2.562 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese | |
Prosas/Lembranças | “Pátria” | 0 | 3.177 | 11/19/2010 - 00:05 | Portuguese |
Comments
Aplausos
Aplausos! Realmente um poema de verdade! Luz, sombra e mensagem! Ouças meus aplausos à distância, meu caro.
Quando és "raiz ao vento.."
Quando és "raiz ao vento.." nos leva consigo nesse processo inexplicável de emoções, onde os versos se fazem presentes e seus sentimentos transmutados!
Enfim, comentei para dizer quanto aprecio tuas palavras que só faz sentido para os que leêm com o coração puro!
Abraços da StarGirl
Olá Star girl, Sim; o
Olá Star girl,
Sim; o coração puro mas, a mente que viaja por minhas portas, encontra os "campos mortos" as terras abandonadas ( o que acontece em Portugal) onde as vontades se tornam preguiçosas sem o esforço de picar a fome com o suor largado sobre o fruto do alimento. (Pedras secas em águas mortas): Como essa mesmas vontaddes se extinguem sobre a fartura dos supermercados, sobre a troca do dinheiro; para se queixarem que há pouco; que passam mal. - Parecem a sede morrendo com a água a passar-lhe nos pés. - O fechar da torneira pode ser a abertura do fogo com único caminho para dobrar as coisas duras. No ouro; na malhadeira, pode significar a insistência do Mundo em correr para o mesmo lado: O da ganância, da procura do próprio umbigo. Quanto à farinha, são as atitudes, diversas, que pairam com o mesmo destino.
Tal infecto não morreu _ (As guerras e tudo o caminha para elas)
Nas fachadas,ornamento... (Os arranjos falsos e a mentira ornam os passos da mesma)
Quanto de mim serei eu
Quando sou raíz ao vento. _ Quando os olhos vislumbram, calando-se às mediocridades que se abrigam debaixo do mesmo céu.
Tudo isto é um comparar de sentimentos, uma fustração para meditar; pois que é profundo e, de certa forma, critico.
Obrigado por comentares, assim tive a oportunidade de meditar sobre os vários sentidos que aqui postei como resposta, para que posssas assistir a um sentido cultural. Tenho muitos outros trabalhos que não são, por hora, para compreender; sim, para simplesmente navegar, que apenas o tempo dirá quem os ira decifrar.
Muito obrigado por esta oportunidade.
Beijinhos.