Romã
Apenas os lírios imerecidos
resistem no jardim sombrio.
Estão secas as seivas do desejo
e inférteis estão os ardores.
Daninhas ervas
esterilizaram as sementes
do Futuro que se quis
e o perfume
de ontem a noite,
perdeu-se nesse
dia desconhecido.
Que, então, as sombras
tivessem retido
a noite passada.
Ainda se esperaria
o amor da amada.
Agora, não mais.
A romã não se partiu
e a chuva só caiu
em meados do finado Abril
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Friday, December 30, 2011 - 14:12
Poesia :
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Comments
Romã? Título metafórico, a
Romã? Título metafórico, a meu ver....
Poema de desalento, pois muitas dos vocábulos usados são portadores de significados negativos.
Através de elementos da natureza, o poeta revela uma saudade imprecisa. A chuva, alimento da natureza, parece que já chegou tarde...
Gostei de percorrer este caminho versejado, amigo Fábio.
Bjo