Desossada

DESOSSADA...

Sento-me na parte inferior da janela,

onde vazio ecoa sem bálsamo, sem alento.

Desnuda-me a alma...petrifica-me os ossos.

Na esteira da praia estico a pele numa qualquer falésia.

Parece uma bandeira salgada,

amarrotada de cinturões frenéticos.

Estreito então a estrutura numa qualquer reentrância,

trancada, escavada e sem perfil

que estagno no mais impudico dos silêncios.

Rasguei as veias com o sangue mais conspurcado....

fiz sexo em andaimes agrafados...

castrei a última esperança na morfina de todos os lemes.

Dos ventos cruzados resta agora o corpo coalhado

de um qualquer néon.

com raiva piso o frio...

esmago as pedras.

Talvez o vento me torne uma árvore estilhaçada

com escamas nas mãos.

Eduarda

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Sunday, March 18, 2012 - 13:36

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Eduarda

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Olá minha, querida, Eduarda,

Olá minha, querida, Eduarda,

bom estar de volta ao teu cantinho e poder ler e comentar teu mais novo poema,
onde te despes de todas as roupas humanas, até à tua essência final. Parabéns!

Querida, gostaria de te convidar, a seu tempo,
que entrasses na minha página, para ler este meu poema: NÃO FUI SENÃO UMA CRIANÇA... Obrigado!

Beijinhos mil!
Jorge Humberto

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