Há tantas mortes por aí...
há tantas mortes por aí...
rasgando pudores nas palavras desabitadas,
que a memória breve da humanidade
se enrola em utopias ao nascer.
há tantas mortes gastas...
no tempo sofrido e desalinhado
no regaço entorpecido do mendigo tempo
aguardando uma vez para tecer preces de louco.
há tantas mortes por aí...
espadejando águas e tantos
queimando segredos ao vento
que as veias se amordaçam de utopias.
de tantas mortes...
esmagadas nas crinas da guitarra
escavando rugas nos passos da dor
que o trinado parece um simples poema de louco.
eduarda
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Thursday, April 5, 2012 - 19:14
Poesia :
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Comments
Minha querida, amiga, Eduarda,
Minha querida, amiga, Eduarda,
mais um de teus poemas de Intervenção. Louca não és, no que ficou dito e exposto, em teus versos, pois que esta é a verdade única e doída: "Há tantas mortes por aí"... Enquanto poetas devemos fazer a nossa parte, ser denúncia e caminho.
Sempre gosto de te ler.
Beijinhos mil
Jorgeb Humberto
Há tantas mortes por aí ao
Há tantas mortes por aí ao vento, almas e coisas calmas. Diabos.
Soldados atirados à sorte!
Bom poema, inspirava-me aqui nele um bom bocado.
Obrigado.
Abraço
:-)