Flor

Tu ser miraculoso
Que predispuseste ser
Aquele que ínsita meu espírito
Aquele que acolhe meu ímpeto de suicídio

Tu divina semente
Que lançada à terra
Desabrocha em Lua quarto crescente

Tu flauta de mil beiços
Que toca infinitos trechos
De amor, de paixão e alegria

Tu caminho traçado
Pelas eiras da vida
Que na despedida
Salvaguarda os beijos
Os arcanjos e os demónios

Tu! Sim tu que está ai escondido!
Sem réstia de alarido
Como que perdido
Procurando um postigo
Para lançar um olhar
Ao recente amigo

A ti que reges um reinado
No meio do infinito
(que eu piamente acredito)

Que contas uma sublime história
Retirada dos confins da tua memória
A ti… ofereço uma flor!