Margens (Variações sobre a mesma palavra)
1º
Há muito que não naufrago no silêncio da tua praia.
Ou espalho o meu corpo nas gotas dispersas da tua espuma.
Percorro o tempo lentamente.
Não defino margens.
Olho apenas o silêncio.
De vez em quando,
sinto as tuas gotas,
na tua espuma teimosa,
nas mensagens escritas
no vaivém das ondas.
Depois,
deixo de ter tempo
e procuro-te
nas margens.
2º
Não te espero.
Procuro-te apenas nas margens.
As margens do meu corpo.
Gemendo em noite da tempestade,
rasgando o meu silêncio,
possuindo o meu medo.
Procura-me nos meus passos.
Nem a tempestade os apaga.
Apenas os invade.
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Wednesday, August 19, 2009 - 15:49
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Comments
Re: Margens (Variações sobre a mesma palavra)
E que sublime e maravilhoso poema, fazes de um poema sensual uma prazer de ler.
Re: Margens (Variações sobre a mesma palavra)
Gostei muito, um deleite lê-lo.
Grande abraço.