O meu préstimo…
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Da Terra turba e eu nela aposte
E apenas nela, da margem noja,
Low-cost ou Prada céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela acresça, em cena
Agora:- A minha aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se me apregoaram
Devidamente à entrada em palco,
Mas ouso enfrentar-vos aos dois,
Passado e futuro, num só tempo,
Em via de ferro dupla e curva,
Sendo eminente, a catarse dum
Espírito meu, obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da ladra,
Sem pago de mestre nem mester,
Pago por medalha grega d’vintém
Ou magro ornato de oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 14739 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Conduz-me a razão. | 10 | 5.136 | 06/25/2018 - 15:54 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Escolho ... | 10 | 5.102 | 06/25/2018 - 15:52 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Acrostic | mariposa | 10 | 8.666 | 05/25/2018 - 10:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Sem glúten. | 10 | 8.464 | 05/25/2018 - 10:06 | Portuguese | |
Prosas/Romance | State of a Dream (From Oracles to Shamans ) | 20 | 13.356 | 05/25/2018 - 09:57 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Fabuloso, fictício ou fábula ... | 10 | 4.128 | 05/25/2018 - 09:53 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | S'isto que tenho dito, fosse verdade ao menos ... | 10 | 6.628 | 05/25/2018 - 09:51 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Coroai-me de espinhos frios ... | 10 | 5.474 | 05/25/2018 - 09:50 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Matéria é escuro e o ouro... | 10 | 5.256 | 05/25/2018 - 09:46 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Põe flores no meu quarto ou não, nenhuma ... | 10 | 4.453 | 05/25/2018 - 09:44 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | (Demente em contra-mão) | 10 | 4.869 | 05/25/2018 - 09:41 | Portuguese | |
Poesia/General | "Ida e volta" | 10 | 5.159 | 05/25/2018 - 09:39 | Portuguese | |
Poesia/General | Eu não digo… | 10 | 4.818 | 05/25/2018 - 09:38 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Quero o beijo antes que seja boca, | 10 | 2.136 | 05/25/2018 - 09:36 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Sou pasto de fogo fácil | 10 | 3.671 | 05/25/2018 - 09:32 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Peixes ... | 10 | 5.923 | 05/25/2018 - 09:31 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Com'um grifo ... | 10 | 1.442 | 05/25/2018 - 09:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Cinza cinza ... | 10 | 5.437 | 04/20/2018 - 16:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Nada me faz encanto | 10 | 4.461 | 04/20/2018 - 16:35 | Portuguese | |
Poesia/General | Meu coração é lei | 10 | 4.432 | 04/20/2018 - 16:33 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | AutoGraphya | 20 | 9.183 | 04/11/2018 - 10:15 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Protagonizar o que me acentua … | 10 | 6.137 | 04/11/2018 - 10:10 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Da suavidade. | 10 | 2.056 | 04/11/2018 - 10:08 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Dentro de nós, outros… | 10 | 2.812 | 04/11/2018 - 10:05 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Não sei se sei, se não…. | 10 | 6.676 | 04/11/2018 - 10:03 | Portuguese |
Comments
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,