Estátuas de cal-viva.
A palidez excessiva
É o que torna perpétuas
As estátuas de cal-viva
E tristes as madrugadas,
O que posso dizer,
Dos donos das heras,
Devorados p’la larva pária,
Da honra de não morrer.
-Como querendo não querer-
Assim escrevo…
Por impulso, duvidoso
Do paradigma que sou,
Assumo o meu ser
Inacabado,
Celebro o que falta
Dizer sem dizer,
Oxalá o dia
Acabasse manhã cedo,
Para que pare o querer
Libertar-me
Do tributo
Que presto ao pensar,
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Mas só estou triste
Numa face,
A outra não resiste
À cal e perece,
Consciente, esquecida.
Jorge Santos (01/2013)
http://joel-matos.blogspot.com
Submited by
Saturday, March 3, 2018 - 23:07
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 3009 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Fui… | 10 | 1.676 | 03/20/2018 - 17:16 | Portuguese | |
Poesia/General | Depois te escrevo ou a lucidez de Alice | 10 | 6.227 | 03/20/2018 - 17:14 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Viagem sem retorno | 10 | 2.537 | 03/20/2018 - 17:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O último poema | 10 | 3.079 | 03/20/2018 - 17:13 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Takelamagan Shamo 1 | 10 | 2.020 | 03/20/2018 - 17:12 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Karim o barbeiro de Kulun 2 | 10 | 4.489 | 03/20/2018 - 17:11 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Que estranha Visão | 10 | 3.064 | 03/20/2018 - 17:10 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Qual viagem… | 10 | 3.865 | 03/20/2018 - 17:09 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | De mim não falo mais | 10 | 3.186 | 03/20/2018 - 17:09 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | D’autres pas. | 10 | 2.944 | 03/20/2018 - 17:07 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Rua dos sentidos orfãos | 10 | 3.015 | 03/20/2018 - 17:06 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Quanto do malho é aço… | 10 | 3.887 | 03/20/2018 - 17:06 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tanto eu, como o mar em frente… | 10 | 5.558 | 03/20/2018 - 17:06 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Alice e eu | 10 | 3.049 | 03/20/2018 - 17:05 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Pouco original… | 10 | 1.852 | 03/20/2018 - 17:03 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Como é possível. | 10 | 2.144 | 03/20/2018 - 17:03 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A missão dos céus | 10 | 4.553 | 03/20/2018 - 17:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Não entendo | 10 | 2.264 | 03/20/2018 - 17:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | É hoje o dia… | 10 | 2.167 | 03/20/2018 - 17:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Lisboa Tejo, Cidade Beijo… | 10 | 2.637 | 03/20/2018 - 17:01 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Saudades… | 10 | 2.335 | 03/20/2018 - 17:01 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ciclo de escrita. | 10 | 2.296 | 03/20/2018 - 17:00 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Dentro de nós, outros… | 10 | 2.272 | 03/20/2018 - 17:00 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A viagem a talvez… | 10 | 3.567 | 03/20/2018 - 16:59 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Com a mesa encostada aos lábios… | 10 | 4.192 | 03/20/2018 - 16:59 | Portuguese |
Comments
.
.
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Acordar de novo, Não sendo
Acordar de novo,
Não sendo servo do que escrevo,
Aonde não houvesse chão,
Num colchão de ar,
(Se de poesia fosse feito)
Mas só estou triste Numa face, A outra não resiste À cal e parec
Mas só estou triste
Numa face,
A outra não resiste
À cal e parece
Consciente