Oxidado corpo
Laivo pútrido, nenufar murcho,
Necrópoles inteiras de floral alvacentos
Exalam o fétido cheiro decomposto;
Ali brincam milhões de vermes.
Cuspo a náusea que me sobe pela laringe,
Gosto aziago, revoltas de meu intestino magro!
Vede este cancro ignoto, incólume, mordaz?!
Sucumbiu o corpo inerme e inerte ficou
Parasitado por tormentas mil, torturas!
Estou ébrio de consciência neste vago.
Infinitos seres de vozes mordazes clamam
Sem cerimônia! discutem palidez,
Qualificam o aspecto senil intríseco
Deste corpo que apodrece oxidado pelo ar.
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Wednesday, September 30, 2009 - 17:12
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Comments
Re: Oxidado corpo
cm disse o poeta: o homem é bicho, bigato da merda.
adoro vozes......
foram tantas as que me mataram sem eu perceber.....
hmmmmm
sim, forte!
oxidar-se pelo ar...
gostei.
abçs
Lê!!
Re: Oxidado corpo
Dav,
Forte como os outros!
Bj :-)