ANGUSTIA

ANGUSTIA
Madrugada. Silêncio. Caminho pela casa à meia luz, a cama queima.
Penso, nem tudo está perdido, difícil é convencer a mim mesma.
Muitas são as perguntas e escassas as respostas, tento me livrar do conflito que me invade, mas sinto-me tão entregue...
Culpa pesa nos ombros, é um sentimento que cansa demasiadamente. Coloco na balança, agonias e explosões de amor, leviandade e dependência. Tiro. Nem quero saber de mais nada, nem me interessa saber o certo e o errado, faz tempo que desconheço o que é bom senso.
Fraca. Incapaz de expulsar seu fantasma que me acompanha. Fujo desesperadamente da minha consciência, é minha pior inimiga.
Suja e vil me condeno. Mas teu amor me limpa, um banho de suavidade e cores, cheiro de flores, lágrimas de amores, livrando-me dos temores.
Estou com frio. Meu corpo treme.
A angústia é tanta, mas quando o raio de sol entrar pela janela, trará seu perfume e eu renascerei, a loucura ficará para outra noite de solidão.
O sono vem para me tranqüilizar, sonharei como sempre. Sorrio. Mais um dia vai nascer e com ele, a esperança; verde esperança, que tudo alcança.